Dados atualizados da Coalizão Global para Proteger a Educação de Ataques (GCPEA, na sigla em inglês) mostram que 12,7 mil ataques armados à educação foram promovidos no mundo entre 2013 e 2017, atingindo 21 mil estudantes e docentes em 34 países afetados por conflitos. O GCPEA, que tem a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como um de seus membros fundadores, divulgou os números antes do quarto aniversário da Declaração das Escolas Seguras, firmado em maio de 2015. O Brasil endossou o documento no mês passado.

Os dados divulgados revelam que houve cerca de 10 mil ataques contra escolas, incluindo prédios que foram bombardeados, danificados ou usados ​​por forças ou grupos armados. Em nove países, mais de 500 ataques a escolas foram registrados. Instalações de ensino superior estão sob cerco em pelo menos 20 países ao redor do mundo.

A pesquisa também descobriu que, em pelo menos 30 países, as escolas foram usadas para fins militares, como bases, quartéis, paióis de armamento e centros de detenções. Meninas e mulheres estudantes e professoras também foram diretamente alvos em pelo menos 18 países por meio de bombardeios de escolas femininas, sequestros, estupros e assédios.

Até agora, 89 países (quase a metade de todos os estados membros da ONU) endossaram a Declaração de Escolas Seguras e se comprometeram a tomar medidas concretas para acabar com a segmentação de escolas e universidades, estudantes e funcionários. A Unesco tem apelado a todos os países para proteger a educação nos diversos níveis, incluindo o ensino superior, de ataques durante conflitos armados.