A relação de habilidades cognitivas sofisticadas dos elefantes ganhou um novo item, segundo estudo americano publicado na revista “PNAS”: esses animais parecem ser capazes de distinguir quantidades relativas de alimentos apenas pelo cheiro. A descoberta sugere que o olfato dos elefantes é mais complexo e informativo do que o dos humanos.

Os elefantes levantam suas trombas como um periscópio para farejar seu ambiente, o que lhes permite reunir dados para ajudar na tomada de decisões, afirma Joshua Plotnik, professor de psicologia do Hunter College, em Nova York, e um dos autores do estudo. Para ver se esses animais conseguem distinguir diferentes quantidades de alimentos usando apenas o olfato, Plotnik e seus colegas criaram diversos experimentos realizados na Tailândia.

Seis elefantes asiáticos ganharam pares de baldes de plástico, um dos quais tinha mais sementes de girassol do que o outro, em proporções variadas. Os baldes estavam cobertos com tampas (o que impedia os animais de ver seu interior), mas possuíam furos pelos quais os odores podiam escapar.

Os elefantes foram autorizados a escolher um balde para abrir e comer. Ao analisarem os resultados, os pesquisadores notaram que os animais escolhiam consistentemente o balde com mais comida.