A psicologia sofreu alguns golpes nos últimos anos, principalmente em relação ao que seria chamado de “crise de replicação”. Múltiplas falhas na reprodução de descobertas levaram a um reexame de métodos que podem não ser tão significativos assim.

Agora, um novo desafio surgiu para uma série de renomados estudos que pretendiam fornecer uma janela sobre como nosso cérebro processa as representações internas do nosso “eu” físico. O questionamento está relacionado ao estudo da hipnose.

Há muito tempo vista como um tópico periférico, a hipnose se tornou bem estabelecida dentro das ciências cognitivas e hoje é vista como um fenômeno mensurável e repetível. De forma geral, a hipnose consiste na indução de um estado de consciência no qual a pessoa renuncia ao controle voluntário, tornando-se vulnerável à sugestão.

As descobertas da pesquisa sobre hipnose mostraram que toda a prática se resume ao quanto as pessoas que estão participando da técnica são ou estão mais sugestionáveis. Essa vulnerabilidade está intimamente relacionada a um conceito em psicologia chamado de “características de demanda”.

Essa característica seria a tendência dos participantes de um estudo de descobrir o que os pesquisadores estão esperando deles e responder de acordo. Os resultados da pesquisa foram relatados em 25 de setembro na Nature Communications.