Uma dieta baseada em novos tipos de proteína, especialmente aquelas produzidas em laboratório e até mesmo a de insetos, pode ajudar a diminuir a pegada de carbono dos sistemas alimentares globais, bem como oferecer opções nutricionais mais saudáveis para as pessoas. A conclusão é de um novo estudo conduzido por cientistas na Finlândia e publicado nesta semana na revista Nature Food.

De acordo com a análise, o impacto ambiental da alimentação, estimado a partir da dieta típica dos consumidores europeus, pode cair mais de 80% caso eles adotem opções como a “carne vegetariana”, sintetizada a partir de verduras e legumes, além de insetos comestíveis moídos, no lugar da carne bovina tradicional, laticínios e outros produtos de origem animal.

“Com reduções significativas no consumo de alimentos de origem animal e substituição por alimentos novos ou alternativos de proteína de base vegetal, você pode ter reduções significativas nos impactos ambientais em termos de aquecimento global, uso da terra e uso da água”, comentou Rachel Maca, da Universidade de Helsinque, coautora do estudo. A pesquisa também destacou que uma alimentação vegana também pode contribuir para reduzir o impacto ambiental da alimentação: uma dieta baseada apenas em itens de origem vegetal pode reduzir em até 75% essa pegada em relação à dieta tradicional.

BBC repercutiu o estudo.