Verificar os impactos do confinamento domiciliar como medida de contenção, em função da pandemia de covid-19, na qualidade do sono de adultos e de seus filhos, é o principal objetivo do estudo liderado pela vice-diretora do Instituto do Cérebro (InsCer) e professora na Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Magda Lahorgue Nunes. O estudo faz parte de uma força-tarefa multidisciplinar da universidade, que reúne mais de 50 profissionais e pesquisadores, de diversas áreas, na busca por soluções envolvendo a pandemia.

O estudo pretende, ainda, levantar dados de georreferenciamento para identificar possíveis efeitos regionais do confinamento domiciliar, bem como a presença de sonolência excessiva diurna. Além disso, busca avaliar se, nos casos em que os indivíduos respondentes sinalizarem uma piora da qualidade do sono durante o confinamento domiciliar, se estas são modificações permanentes ou transitórias.

Esses dados partem de uma iniciativa mais ampla que pretende, também, estudar o impacto da covid-19 e da quarentena em aspectos cognitivos e comportamentais das crianças, com especial interesse nas crianças com transtornos do desenvolvimento, durante e após a pandemia.

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Participação online

O grupo, liderado pela vice-diretora do InsCer, é constituído por neurologistas infantis, psiquiatras, psicólogos e educadores, e as atividades previstas versam sobre diversos temas, que vão desde pesquisas a nível molecular e de marcadores de estresse, alterações acadêmicas e comportamentais a questões de influência no sono.

Pesquisadores da equipe do InsCer, da PUCRS, envolvida no projeto, comandada por Magda Lahorgue Nunes (no alto, foto central). Crédito: InsCer

Por se tratar se tratar de um estudo de base populacional, o questionário, que avalia os impactos do confinamento domiciliar, devido à pandemia de covid-19, no sono, foi desenvolvido para que os respondentes pudessem participar de forma online, com anonimato opcional. O objetivo é atingir o maior número de pessoas possível, em todo o Brasil.

O questionário está disponível no link https://bit.ly/pesquisasonocovid19