Uma múmia inca de 500 anos, batizada de Ñusta, foi devolvida pelos Estados Unidos à Bolívia, seu país de origem.

A múmia é de uma menina de cerca de 8 anos de idade e havia sido doada à Universidade Estadual de Michigan, nos EUA, em 1890. Ñusta significa “princesa” na língua indígena quechua.

Ñusta viveu em uma região próxima de onde hoje fica a cidade de La Paz. Ela foi enterrada em um túmulo de pedra, junto com vários objetos como sandálias, jarros, bolsas e alimentos. Ela usava tranças e uma roupa de lã de lhama ou alpaca.

A repatriação foi feita com o intermédio do professor William A. Lovis, da Universidade Estadual de Michigan. Segundo Lovis, os pesquisadores não sabem se Ñusta era, de fato, uma princesa inca. Mas seu túmulo, cheio de oferendas, é um sinal de importância na comunidade. Além disso, esse tipo de sepultamento em uma tumba de pedra era reservado para a elite das tribos.

A menina pode ter sido morta durante um sacrifício religioso, o que elevaria seu status na comunidade. Ela era membro dos Aimarás, povo estabelecido desde a era pré-colombiana no sul do Peru, na Bolívia, na Argentina e no Chile.