Financial Times, ao analisar o mercado de seguros ao longo dos anos, concluiu que o impacto mais ressonante veio (e virá) de uma fonte mais “existencial” do que foram os impactos do 11 de setembro ou da covid-19: a própria capacidade do planeta de sobreviver diante das mudanças climáticas.

Corretores dizem que os prêmios para certos tipos de cobertura (como risco de inundação na Alemanha ou incêndios florestais nos EUA) saltaram entre 50% e 100% após os eventos catastróficos do ano passado.

E é para buscar mesmo um seguro. A Energy Mix publica que foram perdidas entre 90 mil e 142 mil vidas na Europa em eventos climáticos extremos nas últimas quatro décadas, eventos que também custaram ao continente mais de US$ 572 bilhões, conforme uma nova análise da Agência Europeia do Meio Ambiente. A CNBC informa que as fortes chuvas causadoras de graves inundações e mortes em vários países europeus também causaram danos significativos a edifícios e infraestruturas.

Combustíveis fósseis

Também será preciso “colocar no seguro” algumas carreiras: os negociantes de petróleo e gás, que já foram os queridinhos do setor bancário, devem traçar suas próprias transições para carreiras de baixo carbono, conforme artigo da Reuters. Em outro artigo, a Reuters traz a análise de que proprietários de ativos agitam fundos passivos no caminho para se tornarem verdes também.

Em tempo: Artigo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences e replicado pela BBC explica a importância dos solos para uma série de problemas enfrentados pela humanidade e convida os tomadores de decisão e as partes interessadas a fazer mais para abordar equívocos sobre o uso da terra e a sustentabilidade. Três quartos das terras do planeta – que não são cobertos por gelo – já foram destinadas à agricultura, à construção de cidades e à mineração, com a pouca terra que resta (muitas vezes de primordial importância para a população local) destinada a planos ambiciosos para absorver as emissões de carbono ou criar espaço para a natureza.