A SpaceX finalmente lançou o Orbiting Carbon Observatory-3 (OCO-3) para a Estação Espacial Internacional (ISS), a bordo do seu foguete Falcon 9, na madrugada do sábado. Depois que a carga da Nasa chegar à ISS, os astronautas usarão um longo braço robótico para prender o instrumento do tamanho de um refrigerador ao lado da estação em órbita terrestre.

O OCO-3 vai continuar o trabalho da sua versão anterior, mantendo o controle sobre as emissões de dióxido de carbono em diferentes partes do planeta, que estão agora alcançaram os mais altos níveis dos últimos milhões de anos. O constante e crescente registro de medições torna o OCO-3 especialmente valioso para os cientistas, que precisam de dados de longo prazo para observar tendências e descobrir novos dados.

O envio dessa importante ferramenta quase não aconteceu. Em 2017 e 2018, a administração Trump (que se opõe francamente à ciência do clima) procurou eliminar os instrumentos de monitoramento da Terra. Mas os líderes da Nasa e o apoio do Congresso norte-americano se mantiveram firmes. No mês passado, outro imprevisto emperrou o processo. A agência espacial precisou atrasar seu lançamento para consertar um problema de distribuição de energia na ISS – que atualmente abriga seis astronautas e cosmonautas. Agora, finalmente, ele está a caminho.

O OCO-3 – que pode detectar concentrações de dióxido de carbono na Terra dentro de uma parte por milhão – será acoplado à ISS e substituirá sua versão anterior (Crédito: Nasa)

Depois que o foguete SpaceX atingiu o espaço, o booster – a parte inferior do foguete contendo nove motores potentes – retornou à Terra. Ele pousou com sucesso em um navio drone no Oceano Atlântico. Essa é uma parte fundamental do modelo de negócios da companhia de vôos espaciais: reutilizar foguetes caros ao invés de deixá-los cair no oceano.