Fiji é um pequeno país insular da Oceania e dos mais vulneráveis à crise climática. Desde 2016, suas ilhas experimentaram 12 ciclones, sendo três de força máxima. Ao mesmo tempo, as estiagens se tornaram mais frequentes, ameaçando a segurança hídrica de sua população.

“Se você considerar os últimos cinco anos, com comunidades e meios de subsistência destruídos por um clima em mudança, a noção de um mundo mais resiliente é pouco mais do que palavras no papel”, desabafou Frank Bainimarama, primeiro-ministro de Fiji, citado pela Reuters. “Como somos lembrados a cada nova tempestade, esta é uma questão de sobrevivência [para os moradores de Fiji].”

Nos últimos anos, o governo de Fiji analisou o impacto potencial da intensificação das tempestades tropicais e identificou ao menos 43 comunidades que precisarão ser realocadas em um futuro próximo para áreas mais elevadas nas ilhas, para escapar do avanço do mar e do risco de enchentes. No entanto, o próprio primeiro-ministro reconhece que esse esforço está sendo feito de maneira lenta, muito aquém do necessário. “Não estamos mudando tão rapidamente quanto o clima – e esse fracasso já está nos custando vidas, meios de subsistência e anos de desenvolvimento perdido.”

Vale lembrar que Fiji sofreu com fortes tempestades nos últimos meses. Em dezembro, o ciclone Yasa passou pelas ilhas com potência categoria 5. Em janeiro, o ciclone Ana deixou pelo menos um morto. Mais de 10 mil pessoas foram evacuadas para escapar da destruição.