O governo francês anunciou que vai parar de reembolsar pacientes pelo uso de medicamentos homeopáticos a partir de 2021.

A decisão veio depois de um grande estudo feito no país concluir que esse tipo de tratamento não tem benefícios cientificamente comprovados.

Segundo a Ministra da Saúde da França, Agnès Buzyn, o índice de reembolso de tratamentos homeopáticos que o governo fornece a paciente vai ser reduzido dos 30% atuais para 15% em 2020 e vai ser zerado em 2021.

Alguns grupos de oposição à homeopatia criticaram esse período de transição e acreditam que o corte deveria ser feito de uma vez. Mas a ministra Agnès afirmou que essa transição é necessária para a adaptação de pacientes e médicos.

O governo também ressaltou que remédios homeopatas continuarão a serem prescritos e vendidos livremente, apenas não contarão mais com o subsídio do governo.

Em 2018, o governo desembolsou 126,8 milhões de euros em reembolsos de tratamentos homeopáticos, de um total de 20 bilhões de euros em gastos com medicamentos.

Segundo reportagem do jornal “The Guardian”, o país segue outras nações europeias, como a Inglaterra, que deixou de reembolsar pacientes de homeopatia em 2017, e como Suécia, Bélgica a Áustria, que também não financiam essa linha de tratamento na saúde pública.

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece, em diversas unidades, terapias alternativas como a homeopatia, além de acupuntura, medicina tradicional chinesa, plantas medicinais e fitoterápicos.