Os tripulantes da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) enfrentaram um novo problema nesta madrugada: fumaça e cheiro de plástico queimado acionaram alarmes na nave. O incidente ocorreu no módulo Zvezda, construído na Rússia, que fornece alojamento, e se espalhou para a parte americana da estação.

A Roscosmos, agência espacial russa, informou que os ocupantes da ISS ligaram os filtros de ar quando o alarme soou e retornaram ao repouso assim que todos os sistemas voltaram ao normal, algum tempo depois. Segundo a agência, a fumaça foi detectada enquanto as baterias da ISS estavam sendo recarregadas. Com a normalização, os tripulantes – atualmente, três dos Estados Unidos, dois da Rússia, um da França e um do Japão – voltaram ao “treinamento regular”.

A ISS está em órbita desde 1998, e previa-se inicialmente que teria vida útil de 15 anos. Com o tempo, o desgaste de suas partes se acentua. No início de setembro o oficial russo Vladimir Solovyov declarou à mídia estatal que equipamentos e hardware já obsoletos poderiam causar problemas irreparáveis na estação, como rachaduras, falhas em motores e vazamentos de ar.

Caminhada espacial

No ano passado, a Roscosmos já havia divulgado que a ISS não conseguiria ir além de 2030. A agência espacial russa noticiou que seu país pretendia deixar a iniciativa conjunta com os EUA e construir uma nova estação espacial. No entanto, esse projeto ainda é dúvida.

Segundo a agência de notícias russa Ria Novosti, a Nasa, agência espacial americana, confirmou a caminhada no espaço prevista ainda para hoje. Os dois cosmonautas russos, Oleg Novitsky e Pyotr Dubrov, trabalharão no lado externo do laboratório de ciências Nauka, entregue em julho, prosseguindo na integração do novo módulo à ISS.