Além do frio, a chegada de dezembro no hemisfério norte marca também o fim da temporada de furacões no Atlântico. O balanço de 2020 é histórico: a região registrou 30 tempestades tropicais nomeadas, incluindo 6 grandes furacões e 13 menores. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), esta foi a temporada mais ativa em termos de tempestade, ultrapassando a de 2005 em quantidade desses eventos.

O ano de 2020 também foi o quinto consecutivo com total de tempestades acima da média histórica. Pela segunda vez na história, o alfabeto grego teve de ser usado para a nomeação das tempestades, com o esgotamento do alfabeto latino – a última tempestade foi o Iota, que atingiu a Nicarágua no último dia 17 como furacão categoria 4.

De acordo com o meteorologista Steve Bowen, ouvido pelo jornal “The Washington Post”, o cálculo preliminar dos prejuízos financeiros causados pela temporada 2020 de tempestades no Atlântico pode chegar a US$ 41 bilhões. Desse total, US$ 37 bilhões apenas nos EUA – um valor baixo se comparado com outros anos, como 2017 (US$ 307 bilhões) e 2005 (US$ 238 bilhões).

Segundo Bowen, o país teve sorte, já que grandes regiões metropolitanas escaparam de tempestades mais fortes neste ano. Mas o alívio pode ser curto: meteorologistas norte-americanos estimam que a temporada 2021 poderá começar bem antes do normal, já em abril, informou a CNN.