O governo britânico adotou em fevereiro uma medida polêmica: sua Autoridade de Embriologia e Fertilização Humana (HFEA, na sigla em inglês) acatou um pedido da pesquisadora Kathy Niakan, do Instituto Francis Crick de Londres, para manipulação de genes em embriões humanos. Kathy embasou seu pedido no interesse em investigar os primeiros momentos da concepção humana para descobrir por que ocorrem os abortos. Pela decisão, os cientistas poderão manipular o DNA de embriões nos primeiros sete dias de fertilização. Os embriões usados no estudo, porém, não poderão ser implantados em mulheres. A tecnologia usada por Kathy, denominada CRISPR-Cas9, é considerada um “divisor de águas” no meio científico, por dar condições de “editar” características de um bebê.