A partir da análise do DNA de 300 mil pessoas originárias da Europa, cientistas americanos descobriram 17 diferentes variações genéticas que aumentam o risco de uma pessoa desenvolver depressão. O estudo, publicado em agosto na revista Nature Genetics, é o primeiro a mostrar as ligações genéticas com a doença encontradas em pessoas de ascendência europeia. A depressão está relacionada a fatores genéticos e ambientais, cuja inter-relação também tem importância no processo. Até então, estudos sugeriam que a doença estava ligada a duas regiões do genoma, mas a pesquisa mais recente identificou 17 variações espalhadas em 15 regiões diferentes. “Isso enfatiza que a depressão é realmente uma doença do cérebro”, afirma Roy Perlis, professor de psiquiatria da Universidade Harvard e coautor do estudo. A descoberta deverá levar a uma melhor compreensão do distúrbio e a novos tratamentos para combatê-lo.