Recentemente causou preocupação aos ambientalistas a possível remarcação do Parque Nacional dos Campos Gerais, unidade de conservação criada em março de 2006 que abrange mais de 21 mil hectares entre os municípios de Ponta Grossa, Castro e Carambeí. Essa é a maior área de proteção de araucárias. No Paraná, resta menos de 0,8% de área contígua desse ecossistema.

O pedido de revisão do decreto que criou a área foi feito pela deputada federal Aline Sleutjes (PSL-PR), agora no início de maio. A deputada tem o apoio de muitos empresários da região.

Outra notícia que causou preocupação foi a de que Jorge Seif Júnior, secretário de aquicultura e pesca do Ministério da Agricultura, pediu em meados de abril ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, a suspensão da lista de espécies aquáticas ameaçadas de extinção.

Segundo reportagem do jornal “Folha de São Paulo“, a família de Seif Júnior acumula mais de dez multas ambientais, a maior parte por infrações de pesca. Sendo que a mais grave delas é pelo transporte de mais de 12 mil kg de cherne-poveiro, espécie classificada como criticamente em risco de extinção.

Ainda segundo a Folha, a A JM Seif Transportes Ltda., empresa de Jorge Seif, pai do secretário de pesca, foi multada pelo Ibama em R$ 300 mil, em 18 de agosto de 2014, pelo transporte, no Rio de Janeiro, do cherne-poveiro, que não poderia ser pescado.

Além disso, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, anunciou no dia 24 de abril quatro militares para cargos de diretoria no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

De acordo com o site G1, os militares vão substituir diretores do órgão ambiental que pediram exoneração do ICMBio após a saída do presidente Adalberto Eberhard, que se demitiu após Salles ameaçar abrir processo contra servidores que não haviam comparecido a um evento no Rio Grande do Sul.