Mais 31 agrotóxicos foram autorizados ontem pelo Ministério da Agricultura (Mapa). Desse total, oito estão classificados como “extremamente tóxicos”, cinco como “altamente tóxicos”, 13 como “medianamente tóxicos” e cinco como “pouco tóxicos”. Sendo três deles à base do polêmico glifosato, associado a um tipo de câncer que já gerou processos bilionários nos Estados Unidos.

Somente este ano, já são 169 novos defensivos agrícolas entrando no país. O que não surpreende, já que a ministra da pasta no governo Bolsonaro, Tereza Cristina (DEM-MS), é conhecida defensora do uso de agrotóxicos para o plantio desde quando exercia o mandato de deputada federal, ocasião em que foi apelidada de “musa do veneno” na Câmara.

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O aumento de agrotóxicos já aconhece desde o governo Temer. Em 2015, foram liberados 139 e, no ano passado, chegou a 450. A maior celeridade nos registros dos produtos, segundo o próprio Mapa, se deve a ganhos de eficiência possibilitados por “medidas desburocratizantes” implementadas nos últimos anos nos três órgãos envolvidos na aprovação: o próprio Mapa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).