Teve início hoje mais uma reunião de uma das organizações secretas mais controversas do mundo, o Grupo Bilderberg – grupo de cerca de 130 líderes políticos de elite e convidados de expressão da indústria, finanças, da academia e da mídia. Serão quatro dias a portas fechadas em um resort de luxo em Montreux, na Suíça. Mas isso deve ser tudo que a impressa poderá publicar a respeito, porque a entrada de repórteres não é permitida e nenhum documento sobre o evento é divulgado ao final do encontro.

Tudo o que é dito no encontro fica em segredo. E o método se repete há décadas. Não à toa as especulações são muitas (conheça toda a história do Grupo Bilderberg em reportagem anterior de PLANETA). O grupo pretende ter apenas um espaço para falar de maneira aberta e relaxada ou seria um círculo fechado que busca minar a democracia global? Os teóricos da conspiração acusam o Grupo Bilderberg de tudo que há de mais maléfico: desde criar deliberadamente crises financeiras até planejar matar 80% da população mundial. Outros garantem que não há o que temer, e que o grupo seria como um clube de jantar ocasional para os ricos e poderosos.

Denis Healey, que foi cofundador do grupo e chanceler da Grã-Bretanha na década de 1970, disse ao jornalista Jon Ronson em seu livro Them (Eles, em tradução literal), que as pessoas ignoram os benefícios práticos do encontro. “Bilderberg é o grupo internacional mais útil de que já participei”, disse ele. “A confidencialidade permite que as pessoas falem honestamente sem medo da repercussão.”

O grupo teria um poder genuíno que supera de longe o Fórum Econômico Mundial, que se reúne em Davos. E como o encontro é secreto, é fácil entender por que as pessoas estão preocupadas com sua influência.

Entre os figurões norte-americanos, estão entre os presentes Jared Kushner, genro do presidente Donald Trump; Satya Nadella, CEO da Microsoft; Eric Schmidt, ex-presidente do Google; o bilionário Peter Thiel, fundador do PayPal, e o ex-secretário de Estado Henry Kissinger.