Buscar soluções para combater as alterações climáticas e os seus impactos é um dos desafios propostos pela Vale para a quarta edição do Hacking.Rio, maior maratona de inovação da América Latina, que acontece entre 26 e 28 de novembro em formato digital. Patrocinadora Exclusive do evento, a mineradora propôs aos hackathoners a criação de indicadores que possam ser utilizados para avaliar a efetividade das ações da empresa na proteção das Unidades de Conservação do Brasil e da Reserva Natural Vale, uma das maiores áreas protegidas de Mata Atlântica brasileira, localizada em Linhares, no Espírito Santo.

O desafio está diretamente relacionado ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 13 – Ação contra a mudança global do clima, e ao compromisso da empresa de recuperar 100 mil hectares de áreas e contribuir para a proteção de outros 400 mil hectares, além de suas fronteiras, até 2030.

“A Vale tem parcerias com Unidades de Conservação estaduais e federais, mas é preciso ter indicadores que auxiliem a empresa a avaliar os investimentos que estão sendo feitos para garantir realmente a conservação da biodiversidade dessas áreas, além da efetividade da gestão e das ações que vêm sendo tomadas”, explica Tiago de Oliveira Godinho, engenheiro florestal da Reserva Natural Vale.

De acordo com o desenvolvedor de inovações e ativador do desafio do Hacking.Rio, Pedro Mendes, as inovações tecnológicas provenientes de uma hackathon são extremamente importantes pois trazem olhares diferentes para as mudanças climáticas. “Com o apoio das empresas no Hacking.Rio queremos ter um resultado factível e que possa servir como um aliado na jornada de redução da poluição e/ou dos efeitos causados por ela”, afirma.

A sugestão da Vale é que sejam feitas análises separadas por bioma brasileiro, utilizando qualquer tecnologia disponível no mercado, e que o foco seja os biomas florestais (Amazônia e Mata Atlântica).  A mineradora já ajuda a proteger quase 1 milhão de hectares de florestas e tem como meta se tornar carbono neutro até 2050. Além da importância para a conservação da biodiversidade, as Unidades de Conservação possuem grandes estoques de carbono armazenado e ajudam na regulação do clima local, podendo auxiliar também no clima regional, dependendo das suas dimensões.

“Acreditamos que as soluções que serão apresentadas ajudarão a empresa a atingir seus objetivos relacionados à meta florestal, além de auxiliar nos compromissos nacionais contra a mudança global do clima. Com esses resultados, esperamos transformar vidas e impactar positivamente o meio ambiente e a sociedade em geral”, ressalta o engenheiro florestal Tiago de Oliveira Godinho.

A Vale ainda propôs outros três desafios. Um deles está relacionado ao ODS 6 – Água potável e saneamento, e sugere o desenvolvimento de uma plataforma que reúna informações oficiais, de forma rápida e eficiente, para gestão de recursos hídricos nas regiões onde as operações da Vale estão inseridas.

Outro desafio integra o ODS 8 – Trabalho decente e crescimento econômico, e tem como objetivo aumentar a contratação de mão de obra local nas áreas onde a Vale atua. A empresa sugeriu a criação de uma plataforma simples e de fácil acesso, que reúna todas as oportunidades de trabalho geradas pela cadeia direta e indireta da mineração, e que possa contribuir com a capacitação dos moradores locais para as vagas oferecidas.

E o último desafio é ligado ao ODS 17 – Parcerias e meios de implementação. A empresa propôs a criação de uma plataforma ou de um ambiente que propicie a construção de uma estrutura de governança que responda às necessidades de desenvolvimento sustentável dos vários territórios onde a Vale está presente, garantindo que as diferentes esferas da sociedade se juntem e alcancem suas metas, objetivos e indicadores.

Sobre o Hacking.Rio

A competição, de 42 horas, entre os “hackers do bem” reunirá as melhores equipes, mentores especialistas e instituições de ensino de todo o Brasil e países de língua portuguesa, que disputarão a premiação de até R$ 150 mil. Os participantes terão de solucionar desafios relacionados aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU, e um Desafio da NASA relacionado a crimes cibernéticos. A competição será dividida em 14 clusters temáticos no total. Podem ter transversais de games, IoT, IA, Blockchain, Data, Cybers, etc.

“O nosso movimento é feito para transformar vidas. Juntamos todo o ecossistema de tecnologia, inovação e educação numa maratona incrível, rica e cheia de aprendizados. Essa construção sempre foi coletiva, de pessoas para pessoas, em todo Brasil, e queremos ver todos juntos novamente, então decidimos transferir a data da maratona para novembro”, explica a CEO e fundadora do Hacking.Rio, Lindalia Junqueira.

Premiação

Cada equipe vencedora de uma das 14 categorias do Hacking.Rio terá uma premiação de R$ 5 mil e R$ 30 mil para a equipe vencedora do Desafio da NASA. Depois, as equipes vencedoras disputam a finalíssima do Hacking.Rio e o “vencedor dos vencedores” receberá mais R$ 30 mil.  Também serão premiados com R$ 5 mil o Melhor Mentor, dando destaque a Melhor Instituição de Ensino, totalizando os R$ 150 mil em premiação geral. Além do dinheiro, outros benefícios de parceiros serão oferecidos aos vencedores como: programas de aceleração de startups, bolsas de estudos, produtos exclusivos, viagens ao exterior, etc.