A imagem acima mostra a galáxia espiral NGC 3254, observada com a Wide Field Camera 3 (WFC3) do telescópio espacial Hubble, da Nasa/ESA. A WFC3 tem a capacidade de observar luz ultravioleta, visível e infravermelha próxima, e esta imagem é uma combinação de observações feitas no visível e infravermelho.

Nesta imagem, a NGC 3254 parece uma galáxia espiral típica, vista de lado. No entanto, ela tem um segredo fascinante que está escondido à vista de todos: é uma galáxia Seyfert. Isso significa que ela tem um núcleo extraordinariamente dinâmico. Conhecido como núcleo galáctico ativo, ele libera tanta energia quanto o resto da galáxia consegue reunir. O núcleo desse tipo de galáxia é cerca de 10 mil vezes mais brilhante que o centro da nossa galáxia, a Via Láctea.

As galáxias Seyfert não são raras. Acredita-se que cerca de 10% de todas as galáxias sejam galáxias Seyfert. Elas pertencem à classe das “galáxias ativas” – galáxias que têm buracos negros supermassivos em seus centros, os quais estão acumulando material ativamente, e que liberam grandes quantidades de radiação à medida que ela é agregada. Existe um segundo tipo de galáxia, muito mais ativo, conhecido como quasar.

Os núcleos ativos das galáxias Seyfert, como a NGC 3254, são mais brilhantes quando observados na luz fora do espectro visível. Em outros comprimentos de onda, esta imagem pareceria muito diferente, com o núcleo da galáxia brilhando de modo extremamente forte.