Biólogos do Zoológico de San Diego fizeram imagens do mítico leopardo negro (Panthera pardus pardus) no Quênia pela primeira vez desde 1909, afirmou Nick Pilfold, cientista global de conservação do San Diego Zoo.

As imagens – fotos e vídeos – publicadas no African Journal of Ecology, em janeiro, foram obtidas por meio de armadilhas fotográficas, que são câmeras com infravermelho colocadas em pontos estratégicos e que disparam ao detectarem movimento dentro do alcance das suas lentes. As câmeras foram colocadas no ano passado em uma área de preservação Loisaba Conservancy, no condado de Laikipia, assim que a equipe de biólogos ouviu relatos de um possível avistamento de leopardo negro.

A cor da pelagem é resultado do melanismo, uma mutação genética que provoca produção excessiva de pigmento, o oposto do albinismo. Embora o pelo pareça preto durante o dia, suas manchas são visíveis em imagens noturnas de infravermelho.

Leopardos são descritos como criticamente ameaçados na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, da sigla em inglês). O último registro de que se tem notícia foi uma fotografia tirada em Addis Abeba, na Etiópia, em 1909, e faz parte das coleções do Museu Nacional de História Natural em Washington, D.C. (EUA).

O jornal Daily Nation do Quênia disse na terça-feira que sua fotógrafa, Phoebe Okall, filmou um leopardo negro em 2013 na mesma região. Não está claro se essa imagem foi publicada no momento. “Embora possa haver relatos de avistamentos no Quênia, os leopardos negros ainda são considerados raros no continente”, disse Pilfold.