O chefe da Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO, na sigla em inglês), K. Sivan, anunciou ontem (1º de janeiro) que a terceira missão lunar da Índia, Chandrayaan-3, foi aprovada pelo governo e deverá ocorrer ainda em 2020, informou o jornal “India Today”. Segundo Sivan, a configuração do Chandrayaan-3 será semelhante à do seu antecessor, Chandrayaan-2. Isso significa que o Chandrayaan-3 também terá um módulo de pouso (lander) e um veículo de exploração de superfície (rover) com um módulo de propulsão.

O chefe do ISRO disse em coletiva de imprensa que todas as atividades relacionadas à terceira missão lunar estão ocorrendo sem problemas e acrescentou que o Chandrayaan-3 não afetará outros programas de satélite. Sivan afirmou ainda que haverá mais de 25 missões espaciais indianas em 2020.

Sivan disse que o ISRO planeja pousar o Chandrayaan-3 no mesmo local que o Chandrayaan-2. Essa sonda colidiu contra a superfície momentos antes do pouso programado.

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Segundo o chefe do ISRO, o custo total da terceira missão lunar indiana será o equivalente a US$ 35 milhões. Ele também anunciou que os preparativos para a missão Gaganyaan estão acontecendo simultaneamente com a missão Chandrayaan-3.

Nave tripulada

Gaganyaan é uma espaçonave orbital tripulada indiana que se destina a enviar três astronautas ao espaço por um período mínimo de sete dias até 2022, como parte do programa indiano de voos espaciais humanos. A nave, que está sendo desenvolvida pelo ISRO, consiste em um módulo de serviço e outro de tripulação, conhecidos coletivamente como Módulo Orbital.

Jitendra Singh, ministro de Estado no Gabinete do Primeiro-Ministro indiano, havia anunciado na terça-feira (31 de dezembro) que a Índia lançará em 2020 a Chandrayaan-3, uma missão mais barata do que sua predecessora.

Segundo Singh, é errado considerar a Chandrayaan-2 como uma decepção, já que foi a tentativa inaugural da Índia de pousar na superfície lunar e nenhum país conseguiu sucesso nasua primeira tentativa. “(…) a missão Chandrayaan-2 não pode ser chamada de fracasso, porque aprendemos muito com ela”, afirmou. “Não há país no mundo que pousou em sua primeira tentativa. Os EUA fizeram várias tentativas. Mas não precisaremos de tantas tentativas.” Singh acrescentou que a experiência adquirida com o Chandrayaan-2 e a infraestrutura disponível reduzirão o custo do Chandrayaan-3.