A Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO), o equivalente da Nasa no país, anunciou que seu módulo de pouso lunar Chandrayaan-2 será lançado entre 9 e 16 de julho – no dia que apresentar tiver as condições climáticas mais adequadas. A sonda aterrisse na superfície da lua por volta do dia 6 de setembro.

O Chandrayaan-2 será levado por um foguete do veículo de lançamento geossíncrono Mark III (GSLV Mk III) e tem três módulos: um lander chamado Vikram, o rover chamado Pragyan e um orbiter. Todos eles foram construídos na Índia. Entre Pragyan e Vikram, a missão levará 13 cargas científicas.

Se a missão for bem sucedida, a Índia se tornará o quarto país da história a pousar no único satélite natural da Terra. Até o momento os únicos que chegaram lá foram os Estados Unidos, a União Soviética e a China. E a corrida internacional para ocupar esse novo lugar está em alta, competem por ela também Israel, Japão, Alemanha, Coreia do Sul e a Federação Russa pós-soviética.

Mas primeiro, Chandrayaan-2 tem que pousar. E isso não é um desafio pequeno, como o ISRO está bem ciente. A programação envolve 14 dias terrestres de permanência na Lua para experimentos científicos e exploração no hemisfério sul do satélite. E também de buscas pelo isótopo hélio-3, que poderia ser extraído para uso na fusão nuclear.

E isso será só o começo. Dentro de 5 a 7 anos, o país está planejando ir além: lançar uma estação espacial na órbita baixa da Terra, onde os astronautas possam passar de 15 a 20 dias. O que virá após o lançamento de um programa tripulado, conhecido como Gaganyaan. Há também uma missão para estudar a coroa do Sol e como isso afeta o clima da Terra, chamada Aditya-L1.