Israel começou a aplicar nesta sexta-feira (31/12) a quarta dose da vacina contra a covid-19 em imunodeprimidos, enquanto se prepara para uma onda de infecções provocadas pela variante ômicron do coronavírus.

Os primeiros a receberem a quarta dose foram pacientes com transplante de coração e pulmão do hospital Sheba, em Tel Aviv. Os próximos devem ser residentes e funcionários de lares de idosos.

Um painel de especialistas do Ministério da Saúde israelense recomendou na semana passada que o país oferecesse uma quarta dose do imunizante da Pfizer-BioNTech para trabalhadores da área médica e pessoas com mais de 60 anos ou com sistema imunológico comprometido.

Israel foi um dos primeiros países a vacinar a população em massa, ainda em dezembro do ano passado, e um dos pioneiros na aplicação da dose de reforço, após observar que a imunidade diminui com o tempo. Por isso, é monitorado de perto por nações como os Estados Unidos.

Estudo com profissionais da saúde

Na segunda-feira, o hospital Sheba começou estudos sobre a aplicação da quarta dose. Cerca de 150 profissionais da saúde que tomaram a terceira dose em agosto e apresentam agora baixa contagem de anticorpos contra a doença receberão o segundo reforço. De acordo com o hospital, este é o primeiro estudo do tipo no mundo.

A pesquisa, realizada em parceria com o Ministério da Saúde de Israel, tem como objetivo analisar o impacto da quarta dose na contagem de anticorpos, na prevenção da doença e monitorar a sua segurança.

Novas restrições

Israel enfrenta atualmente um pico de infecções, impulsionada pela variante ômicron. Na quinta-feira, o país teve 4.085 novos casos, maior contagem diária de infecções desde o final de setembro.

Em resposta, o país introduziu novas restrições na quinta-feira, em uma tentativa de conter o aumento das taxas de infecção às vésperas das celebrações de ano novo.

Participantes de eventos ao ar livre com mais de 100 pessoas agora devem apresentar o passaporte sanitário. Além disso, para eventos ao ar livre com mais de 50 pessoas, se torna obrigatório o uso de máscara.

Israel tem cerca de 9,3 milhões de habitantes e contabiliza 8.243 mortes pelo coronavírus desde o início da pandemia.

le (ap, reuters)