Em 2004, o médico espanhol Francisco Belda Maruenda publicou um estudo demonstrando que seria impossível para  um bandeirinha detectar com precisão certas situações de impedimento numa partida de futebol. “A posição relativa de quatro jogadores e da bola não pode ser processada pelo olho e pelo cérebro humano ao mesmo tempo, como exige a lei do impedimento”, afirmou o pesquisador na época.

Há quem conteste a tese, mas não dá para negar que muitos erros cometidos  pela arbitragem poderiam ser evitados por recursos tecnológicos que já estão disponíveis. A próxima Copa do Mundo no Brasil será a primeira da história a utilizar uma tecnologia de linha do gol, um sistema de câmeras capaz de determinar  com precisão se a bola cruzou ou não a meta do goleiro.
“Na última Copa e também no campeonato carioca de 2013 tivemos exemplos de falha humana evidente na hora de determinar se houve gol. Nesses casos, a tecnologia cria uma segurança a mais para garantir os resultados”, diz Wilson Luiz Seneme, instrutor de arbitragem da Conmebol.

Há quem acredite que no futuro até mesmo lances interpretativos, como a simulação de faltas, poderão ser verificados por dispositivos acoplados ao uniforme dos jogadores. Entretanto, pelo ritmo atual da aprovação de novas tecnologias pela Fifa, que ainda não liberou a checagem eletrônica do impedimento, a revolução digital ainda vai demorar a entrar em campo.
Veja nos quadros ao lado alguns recursos já aplicados ao futebol: