Um estudo liderado pela Rice University, em Houston, (EUA), e da Universidade Yat-sen, na China, sugere que algumas características de Júpiter, como um núcleo menos denso do que se imaginava, indicam que essas propriedades foram causadas por uma colisão com outro planeta.

De acordo com o astrônomo Andrea Isella, co-autor do estudo, essa característica de ter um núcleo menos denso era confuso, já que Júpiter começou como um planeta denso, rochoso ou de gelo, que depois desenvolveu uma densa atmosfera a partir do disco de gás e poeira primordial que deu origem ao nosso Sol.

Os pesquisadores então teorizaram que algo havia acontecido para mexer com essa região central do planeta, como uma grande colisão, misturando os elementos mais densos com os menos densos.

A equipe então criou milhares de simulações de computador e descobriu que um Júpiter em rápido crescimento poderia ter perturbado as órbitas de planetas embriões próximos, protoplanetas que estavam em seus estágios iniciais de formação.

O modelo final da pesquisa propõe que um outro planeta, com 10 vezes a massa da Terra, teria se chocado com o gigante gasoso, “bagunçando” a composição de seu núcleo e sendo incorporado pelo planeta maior, cenário que bate com as características atuais de Júpiter.

A pesquisa foi publicada na revista “Nature“.

Veja um vídeo sobre a missão Juno, que pesquisa Júpiter (em inglês):