O jogador do futebol Joshua Kimmich, do Bayern de Munique e da seleção alemã, diz que pretende se vacinar contra a covid-19. “Em geral, era difícil para mim lidar com meus medos e preocupações, é por isso que fiquei indeciso por tanto tempo”, afirmou o atleta neste domingo (12/12), em entrevista à emissora de TV estatal ZDF.

O meia se tornou centro de um acalorado debate na sociedade alemã sobre a vacinação contra o coronavírus.

Kimmich disse no final de outubro que tinha, quanto à vacina anticovid, “algumas preocupações pessoais, especialmente quando se trata da falta de estudos de longo prazo”. Entretanto, muitos especialistas descartam a ocorrência de sequelas de longo prazo devido à vacinação contra o coronavírus.

Além de Kimmich, quatro outros profissionais do Bayern não estavam vacinados até algumas semanas atrás. No geral, de acordo com a Liga Alemã de Futebol, mais de 90% dos jogadores nas duas ligas profissionais de futebol foram vacinados.

Nesta quinta-feira, Kimmich anunciou que mesmo tendo se curado de covid-19 e saído da quarentena, não poderá mais jogar pelo Bayern neste ano “devido a uma pequena infiltração nos pulmões”.

No entanto, o técnico do Bayern, Julian Nagelsmann, assegurou no sábado que a situação do atleta, de 26 anos, “não é tão dramática ao ponto de serem esperadas sequelas”.

Decisão rende elogio de ministra

Kimmich agora deve passar por um treinamento de reabilitação para “estar totalmente de volta em janeiro”.

O meia ficou, assim, de fora dos últimos três jogos do campeonato agendados para dezembro, frente ao Mainz, Wolfsburg e Stuttgart.

A nova ministra alemã da Pesquisa, Bettina Stark-Watzinger, elogiou a decisão de Kimmich. “É uma boa decisão”, escreveu a política no Twitter neste domingo. “Como jogador de futebol profissional e da seleção nacional, ele é um modelo para muitas pessoas. Mais vacinas são a saída para a pandemia”, acrescentou Stark-Watzinger.

Série de desfalques

O último jogo do atleta bávaro com seu clube foi em 6 de novembro, contra o Freiburg. Poucos dias depois, ele teve que deixar a seleção alemã por ter entrado em contato com seu companheiro de equipe Niklas Süle, que testou positivo para a covid-19. Em seguida, desfalcou a equipe por dois jogos em novembro, contra Liechtenstein e Armênia.

Kimmich foi colocado em quarentena novamente em 19 de novembro, por ter estado com uma pessoa infectada com o coronavírus e, em seguida, ele mesmo testou positivo. Por conta disso, ele foi punido pelo Bayern, juntamente com outros atletas do clube, e teve seu salário cortado durante o tempo em que ele deixa de atuar devido ao isolamento.

md (DPA, ots)