Meu primeiro encontro com o que depois soube chamar-se magia ocorreu quando eu tinha 7 ou 8 anos e não era mais que um moleque arteiro a espalhar o terror no quintal da minha casa. Como castigo por tanta traquinagem – jurava a empregada Terezinha – nasceram-me nos dedos das mãos uma porção de verrugas. Minha mãe levou-me a uma velha benzedeira que morava na periferia.

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Lembro-me bem da cena: minhas duas mãos espalmadas sobre a mesa; junto delas um copo d’água coberto por um pires, uma vela acesa, uma rosa branca num pequeno vaso de vidro, um ramo de arruda que exalava cheiro forte. A benzedeira rezava a meia-voz e de vez em quando colocava as suas mãos sobre as minhas. No final, informou: “O menino estava com quebranto, mas já tirei”. E concluiu com ar de vitória definitiva: “As verrugas vão cair”.

Dois dias depois, como se fosse a coisa mais natural do mundo, minhas verrugas começaram a murchar. Foram secando, até se transformarem em pequenos apêndices escuros e descarnados. E aí, um a um, todos eles se desprenderam e caíram.

O caso fez furor entre vizinhos e parentes. Mas, ao saber da história, uma tia solteirona metida a filósofa, e que definia a si própria “racionalista cartesiana”, não conteve um comentário arrasador: “Isso é pura autossugestão. Convenceram o menino de que as verrugas iam cair e, com o poder da sua mente inconsciente, ele fez elas caírem.”

Curiosidade aguçada

Bravo, titia! Se você hoje fosse viva, certamente seria professora de sucesso num curso de controle mental. Se o seu remate era certo não sei, mas naquele instante você me fez um duplo favor: aguçou minha curiosidade de conhecer o real segredo do desaparecimento das verrugas; despertou em minha cabecinha inquieta a ideia de que a mente, consciente ou inconsciente, esconde mais mistérios e poderes do que até então supunha.

Pouco depois, a vida me apresentou mais uma ocasião para incrementar meus conhecimentos em matéria de eliminação mágica de verrugas. Meu cachorro, um vira-lata preto chamado Não! (com ponto de exclamação), desenvolveu sobre o nariz uma verruga tão grande quanto uma azeitona. O nome dele devia-se ao fato de que, desde pequenino, o não era a palavra que mais ouvia. Quando praticava seus divertimentos favoritos – roer pés de mesas e cadeiras, puxar roupas do varal, arrancar as penas dos rabos das galinhas –, havia sempre alguém ralhando com ele e gritando: “Não, não, não!” Acabou se acostumando e, toda vez que ouvia um “não!” peremptório, passava a atender, de rabo abanando.

Decidi testar minhas capacidades de benzedeiro sobre a verruga do Não!. Preparei o mesmo ritual, com vela acesa, flor branca, copo d’água e arruda, coloquei minha mão sobre o seu nariz e rezei todas as rezas que sabia de cor: um pai-nosso, uma ave-maria e uma salve-rainha quase completa. Que poder, o da memória infantil: até hoje, tantas décadas passadas, quando lembro da minha iniciação precoce como benzedeiro, sinto a grande verruga do Não! latejando sob a ponta dos meus dedos. Sim, o benzimento deu certo. Para minha sorte – ou danação –, a verruga logo depois começou a secar. Virou uma espécie de horrenda uva-passa pendurada no nariz do cachorro e depois caiu, para nunca mais voltar. Como nunca mais voltou a minha inocência, definitivamente perdida naquela aventura da descoberta dos meus “poderes ocultos”.

Arte especial

Então é verdade: existem métodos estranhos de resolver problemas. Métodos que a gente não consegue entender nem aclarar, mas que funcionam. Existem coisas misteriosas que nem sempre podem ser explicadas pela autossugestão, como queria minha tia. Pois até ela, “racionalista cartesiana” convicta, teria dificuldade em admitir que a autossugestão faz parte dos atributos dos cachorros. Então, a magia existe, de verdade.

A um imenso conjunto de fenômenos e práticas que o ser humano pode produzir, mas que não podem ser explicados pela autossugestão nem por qualquer lei da ciência e da psicologia oficiais, dá-se o nome genérico de magia. Palavra que vem do substantivo magi, nome que os antigos gregos davam aos sacerdotes persas do culto de Zoroastro. Cabe aí uma primeira definição, a do historiador francês Louis Chochod, para quem “magia é uma arte especial, baseada na existência de forças naturais, pouco ou mal conhecidas, e ordinariamente fora do alcance do poder do homem. Conhecer essas forças, canalizá-las, orientá-las e, até certo ponto, utilizá-las, esse é o objetivo da magia”.

A definição de Chochod tem espectro muito amplo. Mas, se existe um assunto que em matéria de definições é terra de ninguém, esse assunto é a magia. Há definições para todos os gostos. Algumas francamente preconceituosas e cheias de superstição: “Magia é a arte de conjurar demônios e espíritos para obrigá-los a servir aos interesses do mago”. Outras são pueris e inocentes, como a do ocultista francês Georges Muchery: “Magia é a arte de tornar-se feliz”. Há definições complicadas como a do respeitado alquimista contemporâneo Eugene Canseliet: “Magia é, antes de tudo, a arte divina que consiste em travar contato com a alma universal e, através dela, dominar as forças espirituais invisíveis no espaço e na substância”. E ainda a do ocultista francês Eliphas Levi, pai da magia moderna, para quem “magia é a ciência tradicional que nos vem dos magos… Por meio dessa ciência, o adepto se vê investido de uma espécie de poder superior relativo e pode agir de modo sobre-humano, isto é, de uma maneira que não está ao alcance do comum dos homens”.

Microcosmo e macrocosmo

Para os magos, aqueles que praticam a magia, “viver é conhecer”. Desde que o homem existe como tal, ele tenta desvendar os segredos da natureza, levantar o véu de mistério que encobre as origens e as finalidades do mundo, da vida e da existência humana. Através das eras, para conquistar conhecimento, o homem pensante criou diversos métodos de trabalho e desenvolveu diferentes posturas para manipular o desconhecido e dele extrair respostas. Aquilo que os religiosos chamam “Deus”, os cientistas chamam “leis”, os filósofos, “preceitos”, os sábios, “a natureza”, os magos chamam “conhecimento”. Mas, para todos eles, o princípio é sempre o mesmo: estudar o microcosmo (homem) para desvelar os segredos do macrocosmo (universo).

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A prática da magia é, sem dúvida, tão antiga quanto o próprio homem. Nos tempos das cavernas, quando animais eram pintados nas paredes de pedra, o que se pretendia era estabelecer uma relação mágica com o “espírito” daqueles animais para que, no momento da caça, ele fosse favorável aos caçadores. Desde então, essencialmente, poucas coisas mudaram no domínio da magia. Suas técnicas são muito parecidas nas diferentes culturas que apareceram no mundo, e sofreram relativamente poucas mudanças no transcorrer do tempo.

Sugere-se muitas vezes que a magia é precursora da religião, mas estudos mais profundos mostram ser mais provável que ambas tenham sempre existido, uma ao lado da outra. Magia e religião possuem em comum a crença num poder transcendental que existe no homem e no mundo. A grande diferença entre ambas reside nas suas atitudes em relação a esse poder. A magia preocupa-se em comandar, controlar e compelir esse poder para a satisfação dos seus próprios objetivos; a religião, por seu lado, preocupa-se em adorar esse poder, suplicando a sua ajuda e aceitando resignadamente aquilo que ele dá. A primeira é ativa, “masculina”. A segunda é passiva, “feminina”.

Sensibilidade especial

O mago, portanto, é um aventureiro que mergulha no mistério da vida e do mundo e não se contenta apenas em observar passivamente esse mistério. Quer também compreendê-lo, conhecer suas leis, processos e finalidades, quer interferir voluntariamente nele e, numa certa medida, aprender a manipulá-lo. O mago é entendido como um ser de sensibilidade especial. Vê o universo como uma coisa viva, cuja aparência visível mascara a natureza real dos poderes que o controlam. E vê a si mesmo como participante da natureza da divindade, e por isso gosta de afirmar: “Não existe parte de mim que não seja parte dos deuses”. O mago considera que todos nós, membros da espécie humana, somos “deuses em potencial”. A magia é a ciência-arte que nos ajuda a abrir e desenvolver esse potencial.

Sonhos e visões, símbolos e alegorias, imaginação e fantasia, as viagens vertiginosas dos gênios da música, da pintura, da poesia dizem mais ao mago sobre as realidades últimas da existência do que todas as equações da matemática, as maquinações da política, ou as espertezas do mercado financeiro.

O mago é um ser complexo, uma criatura em geral ousada e até mesmo temerária. Nos tempos em que a Santa Inquisição esbanjava poder, muitas centenas deles foram assados vivos nas fogueiras, condenados por suas heresias. O veneziano Giordano Bruno é um exemplo. Foi queimado porque teimou em afirmar até o fim que era a Terra a girar ao redor do Sol, e não o contrário. Naqueles tempos isso contrariava as “leis” da ciência conhecida, e era, portanto, “heresia de mago”, punida com a morte.

Tradição hermética

É mais fácil, contudo, entender o que é um mago do que é magia. “Magia” é hoje uma palavra problemática, pois mais de um sentido é-lhe atribuído. Existe a magia do prestidigitador que tira coelhos da cartola ou dos truques de alta tecnologia de David Copperfield. Existe a magia como é entendida pelos antropólogos – superstições ingênuas, ritos primitivos de fertilidade ou heranças curiosas do folclore. E existe, finalmente, a verdadeira magia, aquela que nos interessa: um sofisticado sistema de conhecimento cujas origens não serão encontradas na lenda ou no folclore, mas sim na antiga tradição chamada “hermética”, de Hermes, o deus grego da inteligência e da sabedoria. As origens arcaicas dessa tradição perdem-se na noite dos tempos, mas sabe-se que ela se desenvolveu no antigo Egito, passando depois por Grécia e por Roma, e por toda a Idade Média e o Renascimento europeu. Após um período de relativa obscuridade – devido certamente ao implacável combate que lhe foi desfechado pela Inquisição –, a magia ressurgiu em sua forma moderna no contexto da grande renascença ocultista que foi uma das características da segunda metade do século 19.

Ressurgir das próprias cinzas nos momentos mais impensáveis, como a fênix mitológica, é uma das características da magia. Basta ver o que acontece nos dias de hoje. Nas últimas três décadas – época das mais extraordinárias conquistas da ciência tecnológica moderna, quando o homem foi à Lua, os bisturis de raio laser invadiram os hospitais e os computadores, os lares e escritórios – observou-se um desconcertante reflorescimento da magia e de disciplinas correlatas, como a astrologia e o ocultismo. Um reflorescimento, portanto, de modos de conceber o mundo diametralmente opostos aos da ciência racionalista.

Novas roupagens

Cada vez que a magia ressurge na história, ela o faz com novas roupagens. O corpo essencial de seus conhecimentos é sempre o mesmo, mas a linguagem por ela utilizada para operar e se comunicar pode mudar completamente de acordo com o tempo histórico e o lugar da sua manifestação.

A linguagem da magia antiga era complicadíssima e inacessível aos não iniciados. Envolvia códigos e símbolos da alquimia, da cabala, da astrologia e de outras ciências herméticas. A magia contemporânea passou por uma verdadeira revolução em sua linguagem formal, que é agora bem mais simples. Esse novo enfoque começou a ser difundido em meados do século passado através da obra de vários autores. Um dos expoentes máximos dessa geração de magos modernos foi o francês Eliphas Levi (pseudônimo de Alphonse-Louis Constant), um ex-seminarista católico.

Em seu livro Dogma e Ritual da Alta Magia, publicado em 1856 e disponível em português, Levi apresenta uma teoria sobre o modo pelo qual atua a magia. É esta sua concepção que, um pouco modificada, domina o pensamento dos magos contemporâneos.

As ideias de Eliphas Levi constituem uma obra-prima de intuição psicológica e científica. Elas antecipam muito do arcabouço básico de várias psicologias contemporâneas, pois explicam a ação mágica como um fenômeno baseado principalmente nas capacidades naturais – embora ainda pouco conhecidas – da mente e da psique humanas. É a partir da escola de Levi que se passou a afirmar: “O fenômeno mágico começa na cabeça do mago”.

Três leis fundamentais

Levi afirma que na magia existem três leis fundamentais. A primeira é a lei da vontade humana, que, do seu ponto de vista, não era simplesmente uma ideia abstrata, e sim uma força material “tão real”, para usar as suas próprias palavras, “quanto o vapor de água ou a corrente galvânica”. Essa ideia, na verdade, não era exclusiva de Levi. Vários intelectuais da época a desposaram, entre eles Edgar Allan Poe, que no seu conto “O Caso do Senhor Valdemar” faz o personagem Glanvill dizer: “É lá que repousa a vontade que não morre jamais. Quem conhece os mistérios da vontade e todo o seu vigor? O próprio Deus é uma imensa Vontade que reina sobre todas as coisas.”

A originalidade de Levi estava na aplicação dessa ideia à magia ritual. Para ele, como para a maioria dos magos modernos, toda a parafernália dos acessórios do cerimonial mágico, tais como incensos, velas, uso de figuras geométricas e de paramentos, é apenas suporte auxiliar e ponto de apoio e de referência destinado a ajudar o mago a concentrar a sua vontade.

A segunda lei de Levi é a lei da luz astral, o “éter” dos antigos gregos e da física pré-einsteiniana, o “prana” dos hindus: um fluido imponderável que preenche todos os espaços do universo e graças ao qual o mago pode agir a distância. A luz astral, dizia Levi, é invisível e destituída de forma, porém permeia a totalidade da natureza e pode ser moldada pela vontade humana, produzindo formas visíveis. Isso explicaria, segundo ele, a maior parte dos fenômenos chamados paranormais ou mediúnicos que a ciência oficial constata mas não explica, como aqueles de materialização de espíritos, materialização de objetos, produção paranormal de sons, odores, etc. Para Levi, os médiuns de efeitos físicos, indivíduos capazes de produzir tais fenômenos, seriam uma espécie de “magos naturais”, dotados de uma capacidade inata de moldar a luz astral e provocam desse modo fenômenos capazes de impressionar os sentidos dos espectadores.

Lei das analogias

A terceira lei de Levi é a lei das correspondências, ou das analogias. Trata-se na verdade de uma versão atualizada da antiga doutrina hermética do macrocosmo e do microcosmo, segundo a qual todo elemento do primeiro – o universo – teria o seu correspondente no segundo – o ser humano considerado individualmente. Por exemplo, as constelações do zodíaco associadas a certas zonas do corpo humano. Assim, a constelação de Capricórnio corresponde aos joelhos; a de Gêmeos, aos braços e pulmões; a de Escorpião, aos órgãos genitais. Para Levi, tais correspondências existiam realmente, mas sob uma forma menos grosseiramente física. Era menos o corpo físico e muito mais a alma humana que ele considerava como um “espelho mágico do universo”, para empregar uma expressão que os magos amam. Levi dizia que todo elemento presente no universo também poderia ser encontrado na alma humana: assim, a força cósmica que os romanos personificavam na deusa Vênus correspondia à sexualidade física, e aquela representada pelo deus Mercúrio, à inteligência humana. Os modernos magos ritualistas acreditam que o conhecimento dessa lei das correspondências lhes permite “fazer descer” (invocar) neles todas as forças cósmicas das quais querem obter alguma coisa, ou, ao contrário, “fazer subir” (evocar) essas mesmas forças latentes em sua alma e as projetar no mundo exterior.

Levi, contudo, pouco revelou em seus livros da existência de uma quarta lei fundamental para que qualquer ação mágica tenha bom êxito: a lei da imaginação. Falou da importância desse segredo fundamental apenas a alguns de seus discípulos mais queridos, e foram eles que, mais tarde, o ensinaram publicamente. O poder da imaginação é o verdadeiro “pulo do gato” da magia.

Imaginação e vontade

A força da vontade é praticamente ineficaz se não for dirigida por uma imaginação poderosa – e vice-versa. “Para se praticar a magia”, escreveu Edward Berridge, discípulo inglês de Levi, “é necessário colocar em ação a imaginação e a vontade: elas agem em partes iguais. Ou, melhor dizendo, a imaginação deve preceder a vontade para se obter o melhor resultado possível”.

Sozinha, a vontade pode, segundo essa teoria, emitir uma corrente de energia que se propaga através da luz astral, mas seu efeito será vago, impreciso e até mesmo inoperante, pois, sem a criação imaginária de um objetivo bem definido a ser alcançado a energia da vontade corre o risco de perder-se no vazio. Por seu lado, sozinha, a imaginação pode até criar uma imagem, e essa imagem terá uma duração variável; mas ela não poderá produzir nada de importante se não for vitalizada e dirigida pela vontade. “Quando as duas se conjugam, isto é, quando a imaginação cria uma imagem e quando a vontade dirige e utiliza essa imagem, é possível a obtenção de maravilhosos efeitos mágicos”, completa Berridge. Ele parece um moderno psicólogo junguiano falando da técnica da imaginação ativa!

Reflexo do universo maior

Recapitulando: na visão da magia, cada ser humano é um microcosmo – um pequeno universo que reflete, em miniatura, o macrocosmo, o grande universo do qual fazemos parte. Cada fenômeno do universo tem seu reflexo correspondente nas partes que compõem a pessoa humana – corpo físico, psique, mente pensante. Com práticas mágicas, o mago pode transformar o mundo exterior por meio de intervenções no pequeno mundo interior. A ligação entre as duas esferas – a interior e a exterior – é feita pela luz astral, um fluido universal invisível. A manipulação da luz astral através da vontade e da imaginação humanas permite ao mago influenciar tanto o universo físico (mover objetos a distância, promover curas como no caso dos benzedores de verrugas, etc.) como também influenciar as sensações e os modos de percepção de outros indivíduos.

Mas o mago está longe de ser onipotente e seu trabalho é cheio de perigos. Pois a via de comunicação entre o microcosmo e o macrocosmo, o interior e o exterior, é obrigatoriamente uma via de mão dupla. Da mesma forma que o sangue entra e sai do coração, e o ar, dos pulmões, a força mágica sai de nós, passeia pelo mundo desencadeando efeitos e tende a regressar ao lugar de onde saiu. Assim, aquilo que vem de fora circula em nós e tende a voltar à origem. Portanto, se projetarmos no mundo ações mágicas boas, positivas, amorosas, certamente poderemos esperar que elas retornem para nós amplificadas e fortalecidas. Se, ao contrário, projetarmos ações nefastas… só poderemos esperar retornos péssimos.

A censura do mago deriva de outra lei fundamental da magia: a lei do choque de retorno, que é o regresso de uma carga maléfica para o mago que a remeteu, em caso de fracasso de sua operação, ou caso sua magia seja desfeita por outro mago mais forte. Na magia – como na física –, toda força tem de ser descarregada, seja sobre o alvo assinalado, seja, por erro cometido, sobre o mago que a desencadeou, não importa qual o valor “moral” dessa força.

Magia em diferentes versões

Harry Potter: encantamento de milhões de espectadores em todo o mundo. Crédito: Warner Bros./Divulgação

MAGIA DO CINEMA

Ao criar uma realidade virtual, na qual tudo pode acontecer, o cinema tornou-se uma arte mágica por excelência. A série Harry Potter tem a magia como tema central e já seduziu milhões de espectadores em todo o mundo.

MAGIA DO TEATRO

Antes do cinema, as várias formas de teatro exploraram as mil e uma possibilidades criativas do universo mágico.

MAGIA DA NATUREZA

Nada mais mágico do que o mundo natural. Maior e mais poderosa de todas as forças criadoras, a natureza não conhece limites ao soltar a sua imaginação. A tal ponto que costuma-se dizer: a criação natural supera qualquer imaginação.

MAGIA DA ROUPA

Dentre as várias atividades humanas, uma das mais mágicas é a criação das roupas. Um estilista de talento pode ser capaz de criar um universo inteiro a partir das indumentárias que inventa.

MAGIA DA PLATEIA

Quando as grandes aglomerações populares concentram sua atenção num mesmo objeto, geram um poderoso fenômeno mágico: a criação coletiva de uma nova realidade.

MAGIA DA ARTE

Criação artística e criação mágica são quase sinônimos. Trabalhado pelas mãos de um verdadeiro artista, até o grotesco pode se transformar em algo sublime.