Segundo lago mais salgado do mundo, o Mar Morto segue em seu processo de encolhimento, informa o site da Nasa Earth Observatory. Sua superfície e margens estão cerca de 435 metros abaixo do nível do mar, a menor elevação de qualquer massa de terra que não esteja debaixo de água ou gelo.

Com uma concentração de sal acima de 30%, a água do lago é quase dez vezes mais salgada que a dos oceanos. Sua densidade faz os seres humanos flutuarem sem esforço ali. O nome do lago deriva do fato de a salinidade dificultar a sobrevivência de qualquer planta ou animal.

Mar Morto e o Vale do Jordão em 21 de julho de 2019, em foto do satélite Landsat 8. Os retângulos verdes na parte sul do lago são lagoas de evaporação de sal, usadas para extrair cloreto de sódio e sais de potássio destinados à fabricação de cloreto de polivinila (PVC) e outros produtos químicos. Foto: Lauren Dauphin/Nasa/US Geological Survey

Nas últimas duas a três décadas, os níveis de água no Mar Morto caíram cerca de 1,2 metro por ano – nas décadas de 1970 e 1980, a queda anual era de 0,7 metro. Os níveis caíram sobretudo pelo desvio da água de seu único afluente, o rio Jordão, para uso nas comunidades vizinhas em Israel e na Jordânia. O Mar Morto também teve sua água bombeada para as lagoas de evaporação. Entre 1954 e 2014, ele perdeu 35% da sua área e media 650 km2 há cinco anos.

Com a queda no nível da água, o lago fica mais salgado, em especial perto da superfície. Cientistas do Observatório do Mar Morto descobriram que o sal está se precipitando para fora da água e cobrindo o fundo do lago. Segundo eles, a quantidade de sal no Mar Morto depende da estação e das várias densidades de sal ao longo das camadas do lago. A camada de sal tem crescido cerca de 10 centímetros a cada ano nas últimas quatro décadas.