Satélites espaciais estão ajudando a rastrear o fundo dos oceanos. Com isso mais de 5.000 montanhas submarinas anteriormente desconhecidas foram reveladas. E esse número ainda pode dobrar até o mapa mais completo já feito das profundezas marítimas ser concluído, em breve.

A equipe do Scripps Institution of Oceanography, na Califórnia, liderada por David Sandwell e Brook Tozer, está por trás dessa carta, que pode ser usada para fazer previsões sobre mudanças climáticas futuras e tsunamis.

Segundo Dr. Sandwell explicou para a New Scientist, esse avanço se deu porque hoje é possível mapear montanhas submarinas com no mínimo 1,5 km de altura, por meio dos dados de satélites. Até cinco anos atrás só era possível detectar estruturas acima de 2 km de altura.

E os avanços devem continuar. Uma atualização do mapa já está previsto para dentro de dois anos, depois que o satélite SWOT da Nasa for lançado, porque ele poderá detectar qualquer coisa de 1 km de altura.

A iniciativa Seabed 2030, lançada em 2017 e apoiada pela ONU, deve complementar esses esforços. Ela deve criar um gráfico de alta resolução do ambiente subaquático comparável aos mapas que conhecemos sobre as áreas acima do nível da água. A investida deverá custar cerca de US$ 3 bilhões.

Esse trabalho deve envolver a coleta de dados de diferentes países e empresas privadas, incluindo navios de pesca e outras embarcações equipadas com dispositivos acústicos que captam informações sobre a profundidade da água e enviam de volta para os cientistas.