Ainda não está descoberta a causa que levou um filhote de baleia jubarte a terminar a cerca de 15 metros do mar, em área de mata da praia do Araruna, Reserva Extrativista Marinha de Soure (ICMBio/PA), na ilha do Marajó, na sexta-feira.

O animal, um macho de 8 metros de comprimento e cerca de um ano de vida, foi encontrado na sexta-feira, mas acredita-se que já estava morto há 3 ou 4 dias, dado seu estado de decomposição. Isso atraiu urubus, que deram o alerta aos locais de que algum animal morto estaria naquela trecho de difícil acesso. Um pescador descobriu sua localização e alertou as autoridades.

Medições e retirada de material para necrópsia. (Crédito: Bicho D’Água)

Pelas redes sociais, a ONG Bicho D’Água vem postando o trabalho de sua equipe na coleta de dados da baleia e amostras biológicas para análises de necropsia que serão realizadas em laboratórios de Belém (PA) e Rio de Janeiro (RJ). Os resultados devem levar mais de uma semana para sair.

A ONG acredita que as macromarés, comuns na Costa Norte do Brasil, podem ter levado o animal até o ponto onde foi encontrado, em meio ao manguezal. O mais intrigante desse caso é o fato de um exemplar de jubarte, uma das maiores espécies de baleia que existe, estar por essa região nessa época do ano. As baleias jubarte que vêm ao litoral brasileiro para acasalar normalmente passam o início do ano na Antártida, que está em pleno inverno.

Segundo a secretária de meio ambiente do município de Soure, Dirlene Silva, não será possível enterrar ou retirar o animal dali. Profissionais do Museu Emílio Goeldi, de Belém, também trabalham no caso e esperam conseguir retirar a ossada para estudos.