Uma equipe internacional liderada pelo Instituto Garvan de Pesquisa Médica da Austrália descobriu como as células agressivas do câncer de pâncreas se espalham para outras partes do corpo (a chamada metástase, principal causa de morte relacionada ao câncer de pâncreas) e sobrevivem. Os resultados foram publicados na revista “Nature Communications” e noticiados na revista “Cosmos” e no site ScienceDaily.

A pesquisa pode fornecer um novo e promissor caminho para opções de tratamento mais efetivas dirigidas a indivíduos com câncer de pâncreas e outros tipos da doença. O câncer de pâncreas é uma das formas mais letais dessa moléstia.

Os cientistas descobriram que, em camundongos, alguns tumores pancreáticos produzem uma quantidade acima do normal de uma molécula chamada perlecan para remodelar seu ambiente. Em essência, o que elas fazem é reeducar as células vizinhas.

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Com isso, as células cancerígenas se espalham mais facilmente e ficam protegidas contra tratamentos quimioterápicos.

Segundo os pesquisadores, a queda dos níveis de perlecan levou a uma redução na disseminação do câncer de pâncreas e a uma melhor resposta à quimioterapia.

“O câncer de pâncreas é muito agressivo, e no momento em que a maioria dos casos é diagnosticada, o tumor é muitas vezes inoperável”, diz o professor associado Paul Timpson, que liderou a pesquisa. “O que descobrimos neste estudo é uma abordagem em duas frentes para o tratamento do câncer de pâncreas que acreditamos que irá melhorar a eficiência da quimioterapia e pode ajudar a reduzir a progressão e disseminação do tumor.”