Na primeira vez que viram essa imagem captada pelo Telescópio Espacial Hubble, na constelação de Gêmeos, os cientistas pensavam que se tratava de dois objetos astronômicos diferentes. Assim, as massas que aparecem nos cantos esquerdo inferior e direito superior da foto, divulgada pela Agência Espacial Europeia (ESA), foram denominadas NGC 2371 e NGC 2372, embora às vezes apareçam apresentadas como um conjunto, o NGC 2371/2.

Na verdade, o NGC 2371/2 é uma nebulosa planetária, formada quando uma estrela parecida com o Sol chegou ao fim de sua vida. As camadas externas da estrela explodiram, derramando o material que as constituía e empurrando-o para o espaço, deixando apenas um remanescente superaquecido para trás. Esse remanescente é visível como a estrela de cor laranja no centro do quadro, localizada perfeitamente entre as duas massas.

A estrutura dessa região é complexa. Ela é preenchida com densos nós de gás, jatos rápidos que parecem estar mudando de direção ao longo do tempo e expandindo nuvens de material que fluem para fora em lados diametralmente opostos da estrela remanescente.

LEIA TAMBÉM: Hubble encontra novo e misterioso buraco negro

Manchas dessa imagem brilham intensamente quando a estrela remanescente emite radiação energética que excita o gás dentro dessas regiões, fazendo com que ela se ilumine.

Essa cena continuará a mudar nos próximos milhares de anos. Futuramente, NGC 2371 e NGC 2372 se dissiparão por completo, e a estrela remanescente esfriará e escurecerá para formar uma anã branca.