O relacionamento entre países na Terra pode andar conturbado, mas na Estação Espacial Internacional (EEI), a cerca de 400 quilômetros do solo, não há notícias de convívio difícil. A foto acima, tuitada pelo astronauta italiano Luca Parmitano e divulgada no site da Agência Espacial Europeia (ESA), apresenta todos os ocupantes de momento da EEI: nove – os seis habituais mais três chegados na última sexta-feira (27 de setembro).

Os três que aportaram na Estação há alguns dias são a americana Jessica Meir, o russo Oleg Skripochka e o primeiro astronauta dos Emirados Árabes Unidos, Hazza Al Mansouri. No sábado, o cargueiro espacial japonês HTV-8 chegou à EEI com mais de quatro toneladas de suprimentos e novas tecnologias.

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A foto tuitada por Parmitano mostra a equipe reunida para um jantar de comemoração no módulo russo Zvezda, a área de preparação de alimentos da EEI. Ele a legendou assim:

“Comemorando três aniversários em uma semana (eu, Nick Hague e Alexei Ovchinin), vestindo as camisetas da nossa ‘banda espacial’: ‘Kryk Chayky’ – ‘O Grito da Gaivota’.”

Vida estressante

A banda e as refeições compartilhadas são uma forma de a tripulação lidar com as esquisitices da vida no espaço. Do isolamento e da perturbação dos ritmos diurnos e noturnos aos ruídos da EEI, viver no espaço pode ser estressante. Os astronautas tentam manter uma rotina que inclua tempo social para relaxar e construir camaradagem.

Isso é especialmente importante em um ambiente multicultural. Um total de 239 pessoas de 19 países já visitaram a EEI. Na atual missão de Parmitano, há quatro nacionalidades a bordo.

O astronauta italiano se prepara para assumir o comando da EEI. Isso vai ocorrer quando o atual comandante, Alexei Ovchinin, o astronauta Nick Hague e Mansouri retornarem à Terra, nas primeiras horas de 3 de outubro.

Enquanto isso, nem tudo são diversão e ensaios da banda para a equipe. Eles trabalham arduamente em experimentos científicos e tarefas de manutenção.