Mais intenso furacão registrado no Atlântico em dez anos, o Irma espalhou destruição no início de setembro em Barbuda, Saint Barthélemy, Saint Martin, Anguilla e Ilhas Virgens britânicas, por onde passou com a categoria 5 (a máxima da escala Saffir-Simpson) e ventos de quase 300 km/h – marca que só quatro ciclones haviam atingido nesse oceano. Depois de, enfraquecido, arrasar áreas de Porto Rico, República Dominicana, Haiti e Cuba, o Irma chegou ao arquipélago de Florida Keys em 10 de setembro, com categoria 4, e a seguir entrou na península da Flórida pela costa oeste, começando enfim a perder força. Mesmo situada na costa leste, Miami, principal cidade da região, registrou inundações e falta de energia. Até 18 de setembro, o Irma estava associado a pelo menos 84 mortes (das quais 45 nas ilhas e 39 nos EUA) e as perdas ainda não calculadas. A virulência desse ciclone – cuja trilha na superfície do oceano mostrava temperaturas acima de 30oC, favoráveis a furacões de categoria 5 – é, assim como a de seu antecessor Harvey (veja matéria aqui), outro triste exemplo do perfil de eventos extremos em tempos de mudança climática.