Numa era de eventos climáticos extremos notáveis (confira também aqui), não surpreende muito que Moscou, a capital russa, tenha enfrentado no primeiro domingo de fevereiro a queda de 43 centímetros de neve – mais da metade do que cai em média na cidade em um mês, segundo o Serviço Nacional de Meteorologia local. (No dia seguinte, foram mais 23 centímetros.) “É a primeira vez em cem anos que tivemos tanta neve”, disse o vice-prefeito moscovita, Piotr Biriukov.

Com tamanha precipitação e temperatura de 13 graus negativos, os contratempos naturalmente se multiplicaram – voos foram cancelados nos aeroportos, o trânsito ficou caótico e os pedestres tinham dificuldade para contornar montes brancos nas ruas que chegavam a 1 metro de altura. Cerca de 2 mil árvores caíram devido ao peso da neve, matando ao menos uma pessoa. A situação levou o governo russo a convocar as Forças Armadas para prestar auxílio à cidade. Na mesma época, Paris ainda sofria com mais uma cheia histórica do rio Sena. E no Rio de Janeiro, entre a noite do dia 14 e a madrugada do dia 15 de fevereiro choveu 75% do volume previsto para o mês inteiro. Para os negacionistas da mudança climática, porém, está tudo normal…