Antes que os tiranossauros evoluíssem para gigantes como o T-rex, seus ancestrais tinham um porte bem menor. Isso é o que indicam os estudos finalmente publicados de dois fósseis encontrados nos anos 1990 da nova espécie nomeada Suskityrannus hazelae, que viveu cerca de 90 milhões de anos atrás.

Os paleontologistas descobriram, muito cedo, pequenos tiranossauros que viveram até 150 milhões de anos antes de aparecerem esses gigantes. Mas ainda permanecia um mistério, por falta de fósseis, o que tinha acontecido antes de alcançarem as proporções que fazem com que sejam considerados um dos maiores predadores a andar na Terra.

S. hazelae preenche essa lacuna. Um primeiro esqueleto da espécie foi encontrado no Novo México em 1997, mas estava muito incompleto. Um segundo fóssil mais completo foi encontrado por Sterling Nesbitt em 1998, quando ele ainda estava no ensino médio. Ontem, ele e colegas finalmente publicaram um artigo descrevendo a descoberta.

O nome Suskityrannus hazelae é derivado de “Suski”, palavra da tribo americana zuni para “coiote”, e da palavra latina “tyrannus” que significa rei. “Hazelae” é uma homenagem a Hazel Wolfe, cujo apoio possibilitou muitas expedições de sucesso na Bacia de Zuni – onde foi tirada a foto abaixo.

Sterling Nesbitt, aos 16 anos, quando encontrou os restos da nova espécie no Novo México (Crédito: Hazel Wolfe)

Os fósseis mostram que os tiranossauros desenvolveram muitas de suas características, como um crânio musculoso, boca larga e um pé de absorção de choque quando ainda eram pequenos. A equipe estima que esse segundo indivíduo tenha 1 metro de altura no quadril, 3 metros de comprimento e peso entre 20 a 40 kg. Os ossos encontrados foram de um exemplar que morreu ainda jovem, então a espécie pode ter alcançado maiores medidas, mas definitivamente não tão grandes quanto um T-rex.