Jornais da Alemanha destacam internação de Bolsonaro em meio à CPI da Pandemia, denúncias de corrupção e queda de popularidade. Desmatamento crescente na Amazônia também é tema.Frankfurter Rundschau: Bolsonaro rumo à recuperação, e já volta a ser o mesmo (16/07)

Em entrevista à RedeTV!, o médico Antônio Macedo (…) e Bolsonaro tentaram focar na possível causa da obstrução intestinal: um atentado a faca em 2018 contra o então candidato à presidência. Bolsonaro teve que se submeter a várias operações após o ataque.

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Bolsonaro destacou que o agressor na época era membro do Psol que, junto com o PT, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, compõe uma parte importante da oposição.

Jair Bolsonaro recentemente enfrenta queda de apoio à sua pessoa e a seus objetivos políticos. A maioria dos habitantes do Brasil quer o impeachment do presidente. O chefe de Estado vem sendo pressionado por uma comissão parlamentar de inquérito que investiga sua gestão para a pandemia do coronavírus e alegações de corrupção em conexão com negociação para compra de vacinas. O fato de a ex-cunhada de Jair Bolsonaro ter admitido corrupção em mensagens de voz reveladas piorou ainda mais a situação.

Badische Zeitung: Bolsonaro no hospital com diagnóstico de obstrução intestinal (15/07)

O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, foi transferido para a metrópole brasileira de São Paulo para uma possível operação de emergência devido a uma obstrução intestinal.

Bolsonaro desembarcou de um avião da Força Aérea no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, conforme mostrado na televisão brasileira. Uma ambulância o levou ao Hospital Vila Nova Star. O presidente permanecerá inicialmente em tratamento clínico conservador, informou o portal de notícias G1, citando o hospital.

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Bolsonaro tem recentemente sofrido pressão de uma comissão parlamentar de inquérito, que está lançando luz sobre suas ações e omissões na pandemia do coronavírus, e alegações de corrupção em conexão com negociações para compra de vacinas. A rejeição a seu governo chegou, segundo o instituto de pesquisas Datafolha na semana passada, a 51% – pior índice desde o início do mandato, em janeiro de 2019.

Die Zeit: Desmatamento na Amazônia cresce mais de 50% (20/07)

Nos últimos 11 meses, a Amazônia brasileira perdeu 8.381 quilômetros quadrados de floresta, de acordo com um estudo recente do instituto de pesquisas Imazon. Isso é 51% a mais do que no mesmo período do ano passado, quando 5.533 quilômetros quadrados foram perdidos, a maior marca dos últimos dez anos, de acordo com a mídia. Ao mesmo tempo, as multas por crimes ambientais sob o atual governo são as mais baixas desde o início das pesquisas em 2000, de acordo com outro estudo.

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No governo Bolsonaro, as regras para a emissão de multas foram alteradas de tal forma que se tornou praticamente impossível emitir multas. Bolsonaro havia prometido isso na campanha eleitoral de 2018. Seus eleitores incluem agricultores que sempre reclamaram de regulamentações ambientais muito rígidas. Devido aos controles ambientais mais escassos, o desmatamento provavelmente aumentará ao longo do ano, ultrapassando os 10.129 quilômetros quadrados de desmatamento registrados em 2020.

md (ots)