No alto da favela Santa Marta, no Rio de Janeiro, Vitor Lira e os filhos, Vitória e João, aproveitam a vista da Baía de Guanabara tal como seu avô fazia quando construiu o barraco, em 1930. Infelizmente, a família pode perder a paisagem. Após a implantação, em 2008, de uma Unidade de Pacificação Policial no morro – a base da Polícia Militar instalada no prédio azul, em frente –, a vida mudou. Os traficantes foram expulsos, os tiroteios e as balas perdidas acabaram e o governo, após décadas de negligência, instalou serviços públicos como eletricidade, água e coleta de lixo. Ocorre que a área em que Vitor mora é de risco. A Secretaria de Obras quer transferir 52 famílias das zonas mais perigosas da favela – justamente os barracos mais velhos. Vitor vai lutar pelos seus direitos.