Uma mistura de luzes cumprimentou os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (EEI, ou ISS, na sigla em inglês) enquanto olhavam para o leste da Ásia e a Península da Coreia em outubro de 2021, conforme mostra o site Earth Observatory, da Nasa. Relâmpagos brilhavam entre as nuvens a distância e o brilho da atividade humana emanava das superfícies terrestres e marítimas. Centros urbanos densamente povoados estavam particularmente radiantes, com Seul (Coreia do Sul), Vladivostok (Rússia) e Tóquio (Japão) cada um medindo um fator de 27 ou mais acima do brilho natural do céu. (Observe que seu brilho nesta foto é afetado pela cobertura de nuvens e pela distância relativa da ISS.)

Mas a fotografia não contém apenas essa fonte de luz criada pelo homem. Nela aparecem também barcos de pesca que navegam pelas águas rasas do Mar Amarelo. Várias espécies marinhas são atraídas pela luz, por isso a pesca noturna é muitas vezes auxiliada pelo uso de holofotes de alta potência para melhorar a captura. Os holofotes também tornam os barcos visíveis do espaço. Enquanto alguns barcos de pesca individuais podem ser identificados na foto, outros são agrupados tão densamente que podem parecer tão brilhantes quanto centros urbanos em terra.

Outono, o ponto alto

O outono é a alta temporada para a pesca do Mar Amarelo. Nessa época do ano, mais de 1.600 embarcações de pesca são detectadas ali por noite, em média. Uma variedade de espécies é capturada ali, como a anchova e o lírio (Trichiurus lepturus).

A região é dividida em Zonas Econômicas Exclusivas (ZEE) separadas, que são extensões reivindicadas das fronteiras de um país no oceano. De acordo com um estudo publicado na revista Frontiers in Marine Science, a China pode extrair até 20% de sua produção de peixes do Mar Amarelo.