O próximo grande telescópio orbital a entrar em funcionamento, o James Webb Space Telescope (JWST), segue em dia na sua programação para ser lançado em 2021. Há alguns dias, técnicos testaram com sucesso o posicionamento de seu espelho secundário na fábrica da Northrop Grumman Aerospace Systems em Redondo Beach (Califórnia).

Projeto liderado pela Nasa em parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Canadense, o JWST levará equipamento para captar a radiação infravermelha. O telescópio deverá observar a formação das primeiras galáxias e estrelas, estudar a evolução das galáxias, verificar a produção de elementos pelas estrelas e os processos de formação das estrelas e dos planetas.

Apesar da denominação, o espelho secundário (visível no canto superior direito da imagem) está entre as peças mais importantes do equipamento do JWST e é considerado essencial para o sucesso da missão. Dobrado com os outros componentes do observatório durante o lançamento, esse espelho será posicionado como parte de uma intrincada coreografia que trará o observatório à vida no espaço.

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Uma vez implantado, como na foto, ele se encaixa no padrão de favo de mel do JWST de 18 segmentos de espelho primários hexagonais revestidos de ouro. Essa estrutura de espelho primário aparece na parte inferior esquerda da imagem em sua configuração dobrada, que mostra apenas 12 segmentos.

Teste bem-sucedido

Quando o JWST estiver no espaço, a luz de estrelas e galáxias distantes alcançará primeiramente seu espelho primário, que o refletirá em um feixe focalizado na direção do espelho secundário. O feixe é então enviado através do “buraco” na estrutura do espelho primário para outros espelhos e, a seguir, para quatro instrumentos científicos, que na foto estão por trás do espelho primário.

O teste também mostrou que a conexão eletrônica entre a espaçonave e o telescópio está funcionando corretamente e é capaz de fornecer comandos para todo o observatório, como projetado.

O James Webb deverá ser lançado em um foguete europeu Ariane 5 da Guiana Francesa em março de 2021.