A onda de calor que atingiu a Sibéria em 2020 causou um aumento expressivo das emissões de metano decorrentes do degelo do permafrost. A conclusão é de um estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, que analisou dados de satélite relativos à Península de Taimir, uma das áreas mais atingidas pelo calor e pelos incêndios no ano passado.

No auge do calor, durante o verão de 2020, a temperatura média na Sibéria chegou a ficar 6°C acima dos padrões normais. Como resultado, as emissões de metano aumentaram cerca de 5%.

Mas o que preocupou os cientistas responsáveis pelo estudo foi a origem do metano liberado na Sibéria. O degelo do permafrost não libera apenas metano microbiano de solos anteriormente congelados, mas também, e potencialmente em quantidades muito maiores, metano [fóssil] de reservatórios subterrâneos. Como resultado, o feedback permafrost-metano pode ser muito mais perigoso do que o sugerido por estudos que contabilizam apenas o metano microbiano, concluiu o estudo.

Guardian e Washington Post deram mais detalhes sobre as conclusões dessa pesquisa.