O peito de um homem de 60 anos pegou fogo durante uma operação na Austrália – mas, felizmente, sem maiores consequências. O caso raro foi relatado no último congresso da Euroanaesthesia (Sociedade Europeia de Anestesiologia), realizado no início de junho em Viena, na Áustria, e divulgado pela revista “Cosmos”.

Ruth Shaylor e Parameswaran Pillai, ambos da empresa de saúde Austin Health, do estado de Victoria, contaram no evento que o paciente foi internado no hospital para tratar de um aneurisma de aorta. Os médicos optaram por seccionar seu esterno, procedimento durante o qual o homem foi anestesiado com uma mistura de gases inalados (sevoflurano) e uma injeção na veia de um remédio chamado propofol.

Enquanto trabalhavam, os cirurgiões notaram que uma parte do pulmão direito do paciente ficava próxima ao esterno. Apesar dos cuidados tomados, uma pequena área do órgão foi cortada, causando um “vazamento de ar significativo”, segundo Ruth e Pillai. Os anestesistas agiram rapidamente e bombearam oxigênio a 100% para os pulmões.

Ao mesmo tempo, no entanto, outro procedimento estava sendo aplicado ao paciente: a diatermia (elevação da temperatura no interior dos tecidos por meio da aplicação externa de um campo de alta frequência, como radiação eletromagnética, corrente elétrica ou ondas ultrassônicas). A combinação de oxigênio, calor e materiais cirúrgicos secos perto da mesa de operação deu início a um incêndio.

Rapidamente, o fogo foi extinto e o paciente saiu ileso da cirurgia. Ruth e Pillai afirmaram no congresso que o caso relatado foi o oitavo nesse tipo de operação registrado desde o início do século.