O novo campo de futebol do Morro da Mineira, no Catumbi, no Rio de Janeiro, virou assunto recorrente na favela. A Shell e a empresa inglesa Pavegen criaram um sistema renovável de iluminação, 70% alimentado por painéis solares fotovoltaicos e 30% por 200 placas de energia cinética instaladas sob o campo. As placas convertem em eletricidade a pisada dos craques durante o jogo. À noite, a energia é usada para acender refletores de LED.

O resultado proporcionou um cartão-postal do morro. Só tem um problema: cada hora de jogo custa R$ 50,00 durante a semana e R$ 70,00 nos fins de semana. O projeto foi aprovado pelos moradores em votação pública, mas agora existem dúvidas: “O campo está vazio”, diz o peladeiro Bruno Oliveira, de 25 anos. “Não podemos pagar esse preço. Hoje, temos que jogar fora da comunidade. As pessoas que jogam aqui vêm de outros lugares.” Consultada, a Pavegen já prometeu reduzir o preço.