Um relatório do Departamento de Defesa dos Estados Unidos divulgado nesta sexta-feira (25 de junho) informa que, de 144 informes sobre avistamentos de objetos voadores não identificados (OVNIs, ou UFOs, na sigla em inglês) feitos por pilotos militares desde 2004, todos, exceto um, permanecem sem explicação. Não se exclui a possibilidade de que sejam objetos extraterrestres.

O relatório foi uma exigência do Congresso dos EUA, depois da divulgação de diversos relatos de militares sobre casos de objetos movendo-se de forma inusitada no céu. A demanda levou o Pentágono a criar, em agosto de 2020, a Força-Tarefa de Fenômenos Aéreos Não Identificados. O grupo se dedica a “detectar, analisar e catalogar” esses eventos e “obter uma visão” da “natureza e origens” dos OVNIs, disse o Pentágono.

Segundo o relatório, a maioria dos casos analisados como “fenômenos aéreos não identificados” (UAP, na sigla em inglês) ocorreu nos últimos dois anos, depois de a Marinha pôr em prática um modelo de informe próprio para essas ocorrências. Os 143 casos inexplicados “carecem de informações suficientes em nosso conjunto de dados para atribuir os incidentes a explicações específicas”.

Questão de segurança de voo

As possíveis explicações terrenas para esses eventos incluem tecnologia desconhecida de outras potências como Rússia e China, fenômenos atmosféricos naturais como cristais de gelo que podem ser registrados em sistemas de radar e programas secretos de agências americanas. Mas não se descartou a possibilidade de os casos, ou uma parcela deles, envolverem objetos alienígenas. O único caso explicado “com alta confiabilidade” foi o de “um grande balão se esvaziando”.

O relatório salienta que os UAPs implicam “uma clara questão de segurança de voo”. Eles “podem representar um desafio para a segurança nacional dos Estados Unidos”, na opinião dos autores. Segundo o texto, a força-tarefa busca agora “novas maneiras de aumentar a coleta” de relatórios e coletar mais informações. E aproveita para solicitar mais verbas para pesquisa. Elas possibilitariam “estudar mais os tópicos apresentados neste relatório”, afirmam os autores.