Pesquisadores da Universidade de Princeton (EUA) descobriram que podiam revestir um líquido elástico na parte externa de um disco e girá-lo para formar padrões complexos e úteis. Quando os discos são girados da maneira certa, pequenas hastes finas se erguem do material à medida que ele seca. As hastes crescem conforme o disco acelera, formando um sólido macio que lembra cabelos.

Inspirado em projetos biológicos e racionalizado com precisão matemática, o novo método poderia ser utilizado em escala industrial para a produção de plásticos, vidros, metais e materiais inteligentes.

As descobertas foram publicadas na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)”.

Grande mudança

A técnica usada se baseia em física bastante simples, mas transforma um antigo conjunto de problemas de engenharia em uma nova solução de manufatura. A simplicidade do método, mais barato e sofisticado do que os moldes convencionais, surge como parte de uma grande mudança em direção à manufatura aditiva.

Ele também promete desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento de capacidades de detecção robótica e em superfícies que imitam padrões biológicos – os pelos de uma pata de aranha ou de uma folha de lótus –, estruturas aparentemente simples que fornecem funções vitais essenciais.

“Esses padrões são onipresentes na natureza”, disse Pierre-Thomas Brun, professor assistente de engenharia química e biológica em Princeton e investigador principal do estudo. “Nossa abordagem alavanca a forma como essas estruturas se formam naturalmente.”