Pesquisadores da Universidade de Stanford e da Universidade Estadual Politécnica da Califórnia desenvolveram um material fluido viscoelástico biodegradável e atóxico que retarda a expansão do fogo em vegetação suscetível a incêndios. O material é feito de biopolímeros e sílica coloidal.

Segundo o estudo, 8 de 10 incêndios em áreas selvagens na Califórnia começam em áreas de alto risco, como beiras de estradas e infraestruturas utilitárias, como cabos de energia e encanamentos. Os autores da pesquisa sugerem que tratar essas locações de alto risco com fluidos retardantes de fogo pode prevenir incêndios, especialmente durante estações de seca, quando eles são mais comuns.

Comparação de material queimado tratado com o novo material viscoelástico (esquerda) e sem tratamento (direita). Com o tratamento, o fogo fica muito mais contido / Imagem: Jesse D. Acosta

Segundo o estudo, tratamentos à base de retardantes de chamas atuais para prevenir inícios de incêndios direto na fonte são impossíveis com as tecnologias disponíveis, que são adequadas para abordagens reativas de prevenção ao fogo. Isso porque as fórmulas atuais de retardantes de chamas não resistem a longos períodos de tempo e exposição às intempéries do clima, e são usadas em momentos de emergência, quando o fogo já está acontecendo.

A ideia do novo material é ser usado preventivamente. “Desenvolvemos um fluido viscoelástico para os atuais retardantes de chama para melhorar a retenção de incêndios em vegetação suscetível ao fogo. Esses materiais permitem uma estratégia profilática, onde as áreas de alto risco podem ser tratadas e protegidas de incêndios na estação de seca”, explicam.

A pesquisa foi publicada na revista PNAS.