O uso de uma nova técnica estatística, que exige a obtenção de uma taxa de confiabilidade acima de 99%, serviu para a Nasa, a agência espacial americana, autenticar em maio a existência de 1.284 novos planetas, a partir de uma lista de 4.302 “candidatos” coletada pelo telescópio espacial Kepler em julho de 2015. Foi o maior anúncio de planetas extrassolares (ou exoplanetas) já feito. O lote abrange ainda 1.327 candidatos que têm boa probabilidade de ser outros mundos, mas não atingiram o índice de 99% e, por isso, exigirão mais estudos para sua real identificação.

Entre os novos planetas estão 100 com o tamanho da Terra e nove situados dentro da chamada zona habitável, na qual há condições para a existência da água em estado líquido e, portanto, de vida como a conhecemos. Na ocasião do anúncio da Nasa, Natalie Batalha, cientista da Missão Kepler no Centro de Pesquisas Ames, na Califórnia, disse que, segundo os cálculos, pode haver apenas na Via Láctea mais de 10 bilhões de planetas possivelmente habitáveis. Novos telescópios, como o James Webb, da Nasa (programado para ser lançado ao espaço no fim de 2018), serão capazes de procurar sinais de vida pela observação da luz de estrelas filtrada pelas atmosferas desses exoplanetas. (Confira mais informações sobre espaço aqui)