A estação de trem de Blackfriars, ligada à ponte homônima, construída sobre o Rio Tâmisa, em Londres, vai se tornar ainda este ano a maior “ponte solar” do mundo. Ela está recebendo 4,4 mil painéis solares nos 6 mil m2 de telhado que serão adicionados à estrutura original da ponte. Os painéis deverão gerar por volta de 900 mil quilowatts por ano, fornecendo 50% da energia consumida pela estação e baixando as suas emissões de gás carbônico em cerca de 511 toneladas no período.

Orangotangos da Indonésia

Um estudo conduzido por ambientalistas locais mostrou que, de abril de 2008 a março de 2009, entre 759 e 1.800 orangotangos de Kalimantan (a parte indonésia da ilha de Bornéu) foram mortos em razão da caça e do desflorestamento. Bem mais alto do que o esperado, esse índice significa, segundo o líder da pesquisa, Erik Meijaard, que as populações desse mamífero na área podem desaparecer entre 10 e 15 anos. Lar de 90% dos orangotangos do mundo, a Indonésia apresenta altos índices de desmatamento.

Corais preservados

A Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais, que se espalha por oito municípios de Alagoas e três de Pernambuco, passou a contar com um projeto conjunto de gestão envolvendo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Fundação SOS Mata Atlântica e a Fundação Toyota, pelo período de dez anos. Com mais de 413 mil hectares de área protegida, a APA abriga a segunda mais importante barreira de corais do mundo e tem mais de 185 espécies de peixes registradas, incluindo os ameaçados peixe-boi e mero.

 

Ártico aberto a navios

O aquecimento global já influencia a navegação. Armadores escandinavos afirmam que em 2012 superpetroleiros e cargueiros gigantes poderão viajar regularmente entre os oceanos Atlântico e Pacífico via Ártico, poupando combustível, dinheiro e emitindo menos poluentes. Segundo a empresa dinamarquesa Nordic Bulk Carriers, enviar cargas para a China por esse trajeto, antes bloqueado pelo gelo, gera uma economia de 33% em custo e de 50% em tempo. A rota ártica deverá ficar aberta entre quatro e seis meses por ano.

 

 

Falta água na China

Segundo um estudo do banco HSBC, a economia chinesa pode desacelerar muito em razão da crescente escassez de água. Nove das 31 províncias do país já enfrentam faltas rotineiras de água e outras 11 têm sérios problemas de fornecimento. O governo é contraditório sobre o caso: o plano quinquenal 2011-2015 propõe baixar o consumo por unidade de produção industrial em 30%, mas o número de projetos hidrelétricos (que podem aumentar as épocas secas) só cresce.

Austrália aprova taxa de carbono

O Parlamento australiano aprovou em novembro uma lei que impõe um preço sobre as emissões de carbono. A partir de julho de 2012, serão cobrados 23 dólares australianos (US$ 23,78) por tonelada emitida dos 500 maiores poluidores (como mineradoras e siderúrgicas); três anos depois, passará a vigorar um sistema de comércio de licenças de emissão, tal como na União Europeia. Com a medida, o país espera atingir sua meta de cortar, até 2020, as emissões em 5% dos níveis do ano 2000.

Empresas

+ verdes

A Coca-Cola Brasil lançou, por sua marca de água mineral Crystal, a garrafa Crystal Eco, que usa 20% menos PET do que as versões anteriores e até 30% do PET feito a partir da cana- de-açúcar. Se torcida, a garrafa tem seu volume reduzido em 37%, o que facilita seu transporte e armazenamento rumo à reciclagem.

 

 

A linha Ekos, da Natura, foi relançada com mudanças de ecodesign, que passam pelo formato dos frascos e potes desenvolvidos com tampa única e uso de 50% de material reciclado pós-consumo (ante 30% da linha atual). Com as alterações, a emissão de gases-estufa da linha cai 13%.

 

As filiais da Allianz Seguros em Porto Alegre (RS), Ribeirão Preto e São José do Rio Preto (SP), abertas em 2011, consomem cerca de 30% a menos de energia elétrica, graças ao uso de energia solar e de um sistema de ar-condicionado e de iluminação mais econômico. Além disso, a água da chuva é reaproveitada e os móveis são de madeira certificada.

 

A Deca, fabricante de louças e metais sanitários, criou um mictório amigo do ambiente. Denominado Save, ele poupa água graças a uma membrana na válvula de escoamento que elimina a necessidade de descarga após o uso.