Um novo artigo na Behavioral Ecology, publicado pela Oxford University Press, mostrou que morcegos-vampiros selvagens que estão doentes passam menos tempo perto dos outros de sua comunidade, o que faz com que a doença não se espalhe tão facilmente.

A equipe de pesquisa já tinha observado esse tipo de comportamento dentro do laboratório e usou um experimento de campo para confirmar se a mesma ação acontecia com animais que estavam na natureza.

Para o experimento, os cientistas capturaram 31 fêmeas da espécie e simularam uma doença nos morcegos injetando uma substância imune em uma metade aleatória dos animais. A outra metade só recebeu uma injeção salina.

Três dias depois, os pesquisadores colocaram sensores de proximidade aos morcegos, os soltaram de volta em seu habitat e acompanharam as mudanças de comportamento ao longo do tempo.

Sendo assim, eles observaram que os morcegos “doentes” se aproximavam de menos companheiros de grupo, passavam menos tempo com os outros e ficavam menos ligados socialmente a outros do grupo que estavam saudáveis. Durante o período de tratamento, os morcegos “doentes” ficaram 25 minutos a menos se associando com os parceiros de grupo do que os que não estavam “doentes”.