O primeiro estudo sobre quanto tempo o novo coronavírus durava em superfícies foi lançado em março por pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, nos Estados Unidos. Na época, pouco se sabia sobre como o vírus era transmitido. Então, o questionamento foi importante. 

Então, os pesquisadores observaram que o vírus ainda estava presente em papelão depois de algumas horas e continuava em plástico e aço depois de vários dias. Por conta disso, muitas pessoas passaram a adotar hábitos como deixar embalagens de quarentena na porta de casa, por exemplo. 

Porém, de acordo com o biomatemático Dylan Morris, o número de dias que o vírus permaneceu detectável em uma superfície de um laboratório não foi útil para avaliar o risco pessoal. Segundo ele, no mundo real, essa quantidade dependeria das condições ambientais, por exemplo.

Além disso, a quantidade de vírus não nos diz muito sobre se ele poderia entrar nas vias aéreas de alguma pessoa e causar uma infecção. De acordo com ele, todo mundo quer saber o momento mágico em que algo se torna seguro para se tocar. No entanto, ele diz que evita dar limites de tempo rígidos por isso ser incerto até para os cientistas ainda.